José Eduardo dos Santos, presidente de Angola entre 1979 e 2017, morreu nesta sexta-feira (8), aos 79 anos. “O governo angolano informa com grande dor e consternação o falecimento de Santos”, diz comunicado divulgado no Facebook.
Santos estava internado desde 23 de junho, em Barcelona, após sofrer um acidente vascular cerebral. Ele já tratava de uma doença prolongada na cidade espanhola, o motivo que o levou a deixar a cidade de Luanda em 2019.
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O ex-presidente foi um dos mais longevos do continente africano. Seu governo venceu uma guerra civil brutal que durou quase três décadas contra o movimento guerrilheiro da União Nacional Independência Total de Angola (Unita), pelo seu partido o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) no início dos anos 2000.
Logo após o fim da guerra, Santos, conhecido como o “arquiteto da paz” dentro do partido, foi acusado de corrupção e nepotismo. O governo também presenciou neste período um boom do petróleo, que fez crescer a economia de Angola e enriquecer a sua família, sem diminuir a pobreza da população.
Ele foi substituído em 2017 pelo presidente João Lourenço, que, apesar de ser do mesmo partido, investigava os crimes de corrupção Dos Santos. A campanha do seu sucessor, focada em anticorrupção, levou o filho do ex-presidente à prisão e os bens da filha foram congelados.
Apesar da surpresa das denúncias, o povo angolano credita José Eduardo dos Santos pela estabilidade do país, que vivia em guerra e teve meio milhão de mortos até se tornar independente de Portugal em 1975.
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