
Um mergulho na história, na estética e na potência criativa africana. Foi assim que um grupo de brasileiros viveu a Semana de Moda da África do Sul, realizada em abril de 2025, entre Joanesburgo e Cidade do Cabo. Mais do que acompanhar os desfiles, a experiência foi pensada para proporcionar uma conexão direta com a cultura, a moda e os territórios ancestrais.
A jornada, organizada pela plataforma de formação em moda NEIT em parceria com a agência Brafrika Viagens, foi construída para além das passarelas. O roteiro começou com uma visita ao Museu do Apartheid, em Soweto. Um espaço que não apenas narra a história da segregação no país, mas também provoca reflexões profundas sobre identidade, ancestralidade e os atravessamentos da diáspora negra.
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Os dias seguintes foram dedicados a encontros com profissionais que fazem da moda sul-africana uma referência global em criatividade e identidade. O grupo visitou o ateliê do estilista Thebe Magugu, vencedor do LVMH Prize e um dos nomes mais influentes da cena internacional, além de participar de uma aula exclusiva com a designer Phumzilie, que compartilhou saberes e processos de criação profundamente enraizados na cultura local.
O roteiro também incluiu uma visita a uma vinícola comandada por um empreendedor negro, um exemplo claro de resistência e ocupação de espaços em setores historicamente dominados por descendentes europeus.
A experiência foi além das passarelas. Uma aula imersiva sobre arte e cultura sul-africana proporcionou reflexões sobre a potência criativa do continente. Outro ponto alto foi o safari em um parque situado na cratera de um vulcão ancestral com mais de 1,2 bilhão de anos, que revelou não só a fauna africana, mas também um reencontro simbólico com a história da humanidade.
A gastronomia sul-africana, marcada pela influência de povos árabes e suas especiarias, completou a experiência, trazendo aos participantes uma imersão sensorial que reforça a conexão entre cultura, história e pertencimento.
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