Na última terça-feira (23) o Ministério Público denunciou Elisabeth Morrone, aposentada que chamou o humorista Eddy Jr. de “macaco”, em outubro de 2022, e seu filho por crimes de ameaça. A aposentada também foi denunciada por injúria.
A promotora Maria Fernanda Balsalobre Pinto, integrante do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância do MP, pede na denúncia feita à Justiça que se fixe uma indenização mínima ao humorista por danos morais.
“Trata-se de conduta criminosa que produz gravíssimos e deletérios efeitos no corpo social brasileiro, abrindo uma vez mais, como disse Darcy Ribeiro em ‘O Povo Brasileiro’, ‘a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista’, escreveu a promotora.
No dia 23 de março, o inquérito na Polícia Civil foi encerrado sem indiciamento por crimes. Segundo o relatório da polícia, a investigação foi concluída e sugeriu “instauração de incidente de insanidade mental”. O que levou o caso a ser encaminhado ao MP.
A promotora também registrou na denúncia que “pairam dúvidas a respeito da integridade mental dos denunciados” e por isso se entende “necessária a instauração de incidente de insanidade mental”.
Um mês após o acontecido, a aposentada alegou que estava sob efeito de remédios e não lembra das ofensas racistas, sua defesa também disse que ela trata de supostos transtornos psicóticos agudos e transitórios. O filho dela já é interditado.
Ainda é preciso esperar a decisão do juiz. Caso ele concorde, será realizado um novo procedimento na Justiça com um perito nomeado para verificar o estado de saúde mental de Elisabeth e confirmar se pode ou não responder pelo crime.
Relembre o caso
Em outubro de 2022, em um condomínio na Barra Funda, São Paulo, Elisabeth Morrone chamou o Eddy Jr. de “macaco”. Câmeras de segurança do prédio também registraram ela e seu filho ameaçando o humorista com faca e garrafa.
Notícias Recentes
Grace Jabbari retira processo federal por agressão e difamação contra o ex-namorado, Jonathan Majors
Agência Pública aponta 33 políticos com antepassados relacionados com a escravidão no Brasil