Mundo Negro

Militares do Gabão, maior produtor de petróleo da áfrica, tomam o poder e põe fim em regime de 56 anos

Foto: Reprodução

Militares do Gabão, um dos maiores produtores de petróleo do continente africano, anunciaram um Golpe de Estado nesta quarta-feira (30). Eles alegaram fraude nas eleições realizadas no último final de semana. Ali Bongo estava na presidência há 14 anos e sua família estava no poder há 56 anos.

A tomada de poder foi anunciada em rede nacional pelos militares. Segundo o pronunciamento, o exército estava anulando a última eleição e dissolvendo todas as instituições da república, como Senado e a Assembleia Nacional. Eles também fecharam todas as fronteiras do país. “Em nome do povo gabonês, nós decidimos defender a paz e colocar um fim no regime atual”, disse um grupo de militares na transmissão.

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Logo após o anúncio, a população gabonêsa saiu para as ruas para comemorar o fim do poder da família Bongo junto com soldados que desfilaram nas principais ruas do país.

https://twitter.com/REVMAXXING/status/1696854101668041002

As últimas eleições ocorreram no sábado (26), onde Bongo ganhou com 64% dos votos. As tensões começaram quando observadores internacionais estavam reclamando de falta de transparência nas eleições. Logo depois, o governo emitiu um toque de recolher e cortou os serviços de internet de todo o país, o que levantou mais ainda suspeitas sobre a elegibilidade.

Ali Bongo era presidente desde 2009. Ele assumiu o poder depois que seu pai, Omar Bongo, faleceu. Ele estava no poder desde 1967 – Gabão sua independência da França em 1960. Segundo as autoridades militares, Bongo está em prisão domiciliar.

A União Europeia se pronunciou sobre o caso e declarou o golpe como um “grande problema para a Europa”. “Se for confirmado, é um outro golpe militar que aumenta a instabilidade em toda a região”, disse Josep Borrell, chanceler da UE.

Gabão é a oitava ex-colônia francesa do continente africano que sofreu um golpe de estado em três anos. O mais recente aconteceu em julho, quando as Forças Armadas de Niger tomaram o poder. O movimento é uma forma de diminuir a dependência francesa.

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