Haitianos que encontraram refúgio nos Estados Unidos por meio de programas de imigração temporária vivem em estado de alerta após as declarações do presidente eleito Donald Trump. Durante a campanha, Trump prometeu encerrar iniciativas como o Programa de Liberdade Condicional Humanitária (CHNV) e o Status de Proteção Temporária (TPS), medidas que têm sido um alívio para milhares de pessoas que fugiram de condições extremas em seus países de origem. As informações são de uma reportagem da NBC News.
O programa CHNV, implementado durante o governo Biden, permite a permanência legal e o trabalho temporário nos EUA por até dois anos para pessoas de países como Haiti, Cuba, Nicarágua e Venezuela. De acordo com a National Foundation for American Policy, cerca de 210 mil haitianos chegaram aos EUA por meio dessa política até agosto de 2024.
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Entretanto, Trump já anunciou que pretende desmantelar o programa, assim como outras iniciativas de proteção temporária, e implementar deportações em massa. A incerteza tem gerado angústia entre os beneficiários, que temem serem obrigados a retornar ao Haiti, onde a violência e a instabilidade política continuam a aumentar.
A contribuição dos haitianos à economia americana é significativa. A reportagem informou que, segundo o Migration Policy Institute, 71% dos imigrantes haitianos estão empregados, muitos em setores como saúde e construção civil. Para Yolette Williams, diretora da Haitian American Alliance, o impacto positivo é evidente, mas a falta de estabilidade jurídica é um desafio. “O governo precisa fornecer clareza e estender proteções para aqueles que já provaram que estão contribuindo para a sociedade”, afirmou.
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