
O legado de Chadwick Boseman e do filme ‘Pantera Negra’ ganhou muito destaque no documentário “Homens Negros Conquistam Hollywood”, nova produção da Apple TV+, lançada recentemente.
Michael B. Jordan, a estrela que contracenou com Boseman no grande sucesso da Marvel, interpretando o antagonista Killmonger, contou como a morte do amigo ainda impacta na sua vida, e lamentou como gostaria de ter sido mais presente na época.
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“É algo em que penso com frequência. Não estou verificando tanto quanto deveria. É algo que pesa sobre mim também. Não estou tentando transformar isso em uma sessão de terapia, mas Chadwick é especial. Eu estava ansioso para, tipo, você sabe…”, disse B. Jordan, que logo se emocionou e não conseguiu concluir a fala sobre o amigo.
Daniel Kaluuya, que também estrelou o filme, dando vida ao guerreiro W’Kabi, chorou ao relembrar de Chadwick Boseman durante a entrevista. “Uma coisa incrível de se ter testemunhado e de ter estado por perto. Além disso, o tipo de homem que ele estava. Ele ajuda as pessoas e ele ajudou as pessoas. Ele ainda está ajudando as pessoas. Vamos manter isso real. E é o suficiente para continuar, apenas depende de nós para continuar”, contou emocionado.
Para Kevin Hart, a morte de Chadwick abalou a todos e relembrou bons momentos com ele. “Ele assumiu sua batalha, ele assumiu sozinho. Ele não fez disso um assunto do mundo. Era privado entre ele e sua família. Essa é a verdadeira força de sair todos os dias e sorrir, e apertar as mãos de todos. Ter uma apresentação do bem. Toda vez que eu o via, ele não tinha nada além de orações e boas palavras. ‘Irmão, eu te amo. Faça uma oração por você, Kevin’. Ele sempre faz uma oração no meu ouvido. ‘Deus, segure-o, seja forte’. Chadwick era um cara tão positivo e inspirador. Cedo demais”, relatou o ator.
Chadwick Boseman faleceu aos 43 anos, em 2020, após uma batalha silenciosa contra o câncer no intestino. Sua morte aconteceu semanas antes do início das gravações de “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”, que estreou em 2023.
O legado de ‘Pantera Negra’
Durante a gravação do documentário, Denzel Washington contou que chorou um pouco quando assistiu ‘Pantera Negra’. “Fui à estreia e não estava interessado no tapete vermelho. Então fui aos bastidores e vi Chad e Ryan [Coogler]. Falei com eles e então sentei e assisti ao filme. Senti como se o bastão tivesse sido passado. Não sei se a palavra é ‘aliviado’, mas fiquei orgulhoso de ver o que eles fizeram e ver para onde estavam indo. Eu não sabia que eles ganhariam um bilhão de dólares, mas ganharam. Então, foi um momento especial para mim”, lembrou.
Para Laurence Fishburne, o filme era o que os negros estavam esperando por um século. “Porque você não tem apenas um príncipe nesse filme. Nós temos dois príncipes com Chad e Michael B. Nós nunca tivemos isso antes no cinema. Então para mim, isso foi como toda a nossa história. Meio que embrulhado e condensado nesse maravilhoso mundo de fantasia de Wakanda. Isso nasceu da nossa necessidade de ter esse tipo de heróis e esse tipo de representação. E Coogler [diretor] fez um ótimo trabalho com isso. E tanto Michael B. quanto Chadwick realmente entraram nesses papéis com uma espécie de pureza de coração, que realmente significou tudo para mim”, contou.
“Eu estava, tipo, ‘Estou causando um rebuliço’”, contou Michael B. Jordan com uma boa risada. “A primeira coisa que fizemos, no primeiro dia, foi o Conselho Tribal. Então, no primeiro dia, eu andei acorrentado, eu tinha meus dentes de ouro. No set, sempre que eu colocava essas coisas, eles já sabiam que eu estava em um lugar diferente. Essa era a beleza desses personagens na sofisticação e nas camadas disso”.
“Não era só preto e branco, você sabe, eram dois lados de uma conversa que precisavam ser tidas. Era uma coisa extra que nos permitia sentar em nossos personagens de uma certa maneira e apenas ser. E fizemos isso no maior palco. E permitimos que o mundo entrasse nessa conversa. Nós não vendemos no exterior. Nossos filmes não são traduzidos. Ninguém quer ir ver um filme negro com elenco todo negro. Todas essas coisas boas. Então eu acho que queimar esses limites imaginários que foram projetados em nós por tanto tempo, que começamos a acreditar nisso, foi, tipo, uma reeducação para todos, mas especialmente para nós”, disse empolgado.
“Chad foi imortalizado. Wakanda para sempre. Chadwick para sempre”, concluiu Michael B. Jordan.
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