
O Met Gala 2025 é um dos mais aguardados pela comunidade negra! “Superfine: Tailoring Black Style” (Impecável: a confecção do Estilo Negro) como tema deste ano, é uma reverência direta ao dandismo negro, uma expressão estética que representa a elegância e a política da vestimenta masculina negra. O evento será realizado nesta segunda-feira, 5 de maio, a partir das 19h (no horário de Brasília).
A escolha de Colman Domingo, Lewis Hamilton, A$AP Rocky e Pharrell Williams como anfitriões do evento, e LeBron James como copresidente honorário, é muito simbólica: todos homens negros que traduzem, cada um à sua maneira, o poder da representatividade na moda e na resistência, com o dandismo negro em destaque.
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O tema do Met Gala também é a exposição no Instituto de Trajes do Metropolitan Museum of Art, inspirada no livro da professora e curadora convidada Monica Miller, ‘Escravos da Moda: Dandismo Negro e o Estilo da Identidade Negra Diaspórica’, publicado em 2009.

“A história por trás do Dandismo Negro é esta nova entrada em uma era em que os descendentes de escravos negros americanos começam a se expressar com um novo senso de orgulho, influência e dignidade”, afirma Chuck Amos, hairstylist da atriz Tracee Ellis Ross, em entrevista à revista Essence.
Embora a assinatura da Proclamação da Emancipação tenha ocorrido em 1863, o dandismo negro começou a germinar ainda no século XVIII, na Inglaterra. Homens negros, em especial, passaram a usar a moda e os códigos aristocráticos como ferramentas de subversão, reinventando a elegância em suas próprias narrativa, resultado em um estilo que ousa existir com excelência mesmo diante da opressão.
O que esperar no Met Gala 2025?
Como referências de expressões de beleza, o público pode esperar no tapete vermelho a moda nos Juke Joints dos anos 1930, exposta no filme ‘Pecadores’, a força visual de Cowboy Carter, de Beyoncé, que revisita o legado do Chitlin’ Circuit dos anos 1950 —, os signos da velha guarda preta estão vivos e pulsando, segundo Chuck Amos, considerado uma enciclopédia viva sobre a beleza negra do século XVIII até hoje.

“Versões de ternos — desde versões da silhueta zoot popularizada por músicos de jazz na década de 1940 até os estilos ousados e coloridos usados por sapeurs congoleses”, também destaca a revista Vogue.
Algumas das inspirações certas da noite são figuras como o poeta e ativista social Langston Hughes, a antropóloga Zora Neale Hurston e a dançarina e atriz Josephine Baker. Baker foi quem eternizou o Eton crop, um pixie colado com gel, símbolo das melindrosas dos anos 1920.
“Acho que o visual é ótimo, especialmente agora porque, culturalmente, celebra nosso estilo e beleza históricos, o que é necessário em nosso atual estado de divisão”, afirma Larry Sims, cabeleireiro de Gabrielle Union e Kerry Washington.

“Você verá o cabelo como uma peça de destaque — uma reivindicação, uma homenagem e uma forma de arte voltada para o futuro”, acrescenta a hairstylist Pekela Riley. “Espere ver texturas esticadas e dispostas, rolinhos franceses macios e esculpidos, cachos curtos e penteados inspirados na elegância e na ousadia do dandismo negro.”
O Met Gala é realizado anualmente, presidido pela editora-chefe da Vogue Anna Wintour desde a década de 1990. O aguardado tapete vermelho poderá ser assistido ao vivo no Vogue.com, YouTube ou E!.
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