O breaking é a grande novidade das Olimpíadas de Paris 2024! Ao todo, 16 B-Boys e 16 B-Girls, como são chamados os atletas, irão disputar as primeiras medalhas na história da modalidade esportiva.
O Mestre Ivamar, que acompanha a evolução do hip-hop desde a década de 80, reflete sobre a importância da inclusão da nova modalidade para a comunidade negra e periférica, durante entrevista ao Mundo Negro.
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“Vejo a evolução breaking se afirmando com grandes dançarinos periféricos. O hip-hop com seu rap, grafite, DJ’s e MC’s, cresce nas periferias dando uma oportunidade para jovens se expressarem nas suas artes como um grito de socorro expressado na poesia, na musicalidade, nos grafites, na dança, na busca de um lugar, de direitos”, diz o ator e ativista.
“O breaking nas Olimpíadas é de certo um fato muito importante, [porque] passa a ser um esporte competitivo mundial, abrindo um leque de profissionalização e será sempre um espetáculo, faz nascer das ruas mais um esporte e possíveis oportunidades”, afirma.
Mestre Ivamar também compara os desafios e os preconceitos contra breakings com a capoeira e o samba, por terem nascido nas ruas. “Com seus elementos, representando resistência de um povo preto, que pede o fim do genocídio, é um enfrentamento na mudança de um sistema de opressão”, destaca.
Sobre o futuro do breaking após a estreia nas Olimpíadas, Mestre Ivamar diz acreditar na constante evolução do hip-hop. “Seja no seu campo artístico e ideológicos como também no atlético. Acredito nos impactos sociais ao longo do tempo, as mudanças nos fazem ficar mais fortes ainda quando caímos”, finaliza.
A competição de breaking acontece nos dias 9 e 10 de agosto. O Brasil teve grandes nomes na tentativa de uma vaga como a Toquinha e o Kapu Araujo, mas eles não conseguiram classificação nesta edição.
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