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A 37ª DP está investigando se a menina Sophia Ângelo, de 11 anos, achada morta em uma caçamba de lixo na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, já sofria abuso sexual há um tempo. A família encontrou um diário escrito pela garota, com anotações de “mortes que eu sofreria”, que incluem “estupro, homicídio e feminicídio”.

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“Ela colocou as possíveis mortes lá e dizia homicídio e estupro. Toda a morte que ela teve ela já sabia de alguma forma que isso aconteceria. Eu não sei há quanto tempo isso estava lá. Foi meu filho e minha esposa que encontraram. Hoje eu sou um pai acabado. Ele não tinha esse direito”, lamentou o pai da menina, Paulo Sérgio da Silva, nesta quinta-feira, 30 de maio, durante o velório da menina para a imprensa.

Diário encontrado pela família (Foto: Reprodução)

A família entregou o diário à Polícia Civil, que agora afirma que investiga duas hipóteses para os textos da menina: se ela já estava sofrendo abusos e ameaças antes há mais tempo, antes do assassinato, ou se ela conhecia os termos ligados por morar em uma área considerada perigosa.

Sophia foi dada como desaparecida na manhã de segunda-feira (27), e o corpo foi encontrado no dia seguinte, com 35 facadas. Edilson Amorim Filho, de 47 anos, irmão da ex-madrasta da menina, confessou o crime e foi preso em flagrante por estupro de vulnerável, homicídio e ocultação de cadáver.

Câmeras registraram momentos antes da Sophia desaparecer, à caminho da escola, ao lado do Edilson (Foto: Reprodução)

O pai da menina contou que o plano do pedreiro era que o corpo da menina fosse triturado na caçamba e levado para um lixão, para dificultar que ela fosse encontrada e desvendassem o crime.

A polícia também investiga outra denúncia de abuso sexual feita contra o mesmo homem e há relatos de outras garotas que estavam sendo perseguidas por ele. Edilson possui uma passagem por injúria contra uma ex-companheira. O delegado também aguarda os laudos de exames complementares e novos depoimentos para mais detalhes.

O corpo de Sophia foi velado na quinta-feira, 30 de maio (Foto: Reprodução)

“Tá dolorido, estou destruído. Ele não merece perdão. Todo mundo amava a minha filha. Ele arrancou uma parte de mim. É um buraco que ficou no meu peito que vai demorar para ser tampado, se é que será tampado”, disse o pai.

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