Um novo tratamento contra a doença falciforme desperta esperança entre os pacientes nos Estados Unidos. Na sexta-feira (8), a Food and Drug Administration aprovou uma nova terapia de edição genética para tratar a doença sanguínea debilitante, cuja incidência é maior entre as pessoas negras. Casgevy é o primeiro medicamento aprovado nos EUA, a usar a inovadora ferramenta de edição genética CRISPR para alterar o DNA, segundo a NBC News.
O tratamento pode ter o potencial de eliminar a necessidade de transplantes de medula óssea para curar a doença, considerado um avanço na medicina. Entretanto, médicos e pacientes negros continuam preocupados com os possíveis efeitos colaterais. Além disso, o acesso à terapia custará US$ 2,2 milhões por paciente, segundo a Vertex Pharmaceuticals.
Notícias Relacionadas
SUS descumpre Lei dos 30 dias deixando mais de 87 mil mulheres com diagnóstico de câncer de mama atrasado entre 2020 e 2024
Dia Mundial da Menopausa: os desafios na detecção de câncer uterino em mulheres negras
“Estamos cientes de que há uma série de pessoas que ainda estão um pouco hesitantes. Mas, no geral, estamos entusiasmados principalmente porque é outra opção. Esta é uma terapia potencial para transformar vidas”, disse Derek Robertson, presidente da Associação de Doença Falciforme de Maryland, cujos dois filhos têm doença falciforme.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, estima-se que, atualmente, há entre 60 mil e 100 mil pacientes com falciforme e cerca de 8% das população negra é diagnosticada com a doença.
Em entrevista para a NBC News, a hematologista-oncologista, Dra. Cecelia Calhoun, disse que “em pessoas com doença falciforme, os glóbulos vermelhos, que normalmente têm formato de disco, assumem o formato de foice ou crescente. Esse formato pode fazer com que as células sanguíneas se agrupem, bloqueando o fluxo sanguíneo e privando os tecidos de oxigênio”.
Apesar da doença ser mais conhecida por causar dor intensa, ela especialista também afirma que os pacientes podem sofrer derrame, doenças cardíacas, danos a órgãos e uma condição perigosa chamada síndrome torácica aguda, causada por bloqueios nos pulmões. O que, segundo a Dra. Chalhoun, prejudica a “qualidade de vida e a capacidade das pessoas de funcionarem como seres humanos normais”.
Fonte: NBC News
Notícias Recentes
‘O Auto da Compadecida 2’: Um presente de Natal para os fãs, com a essência do clássico nos cinemas
Leci Brandão celebra 80 anos e cinco décadas de samba em programa especial da TV Brasil