A escritora guadalupense Maryse Condé morreu na madrugada desta terça-feira (2), aos 90 anos, em um hospital no Sul da França, informou o marido Richard Philcox, à AFP.
A causa da morte não foi revelada pela família, mas a escritora lutava contra as consequência de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que sofreu há pouco tempo, além de ter uma doença neurológica. Ela publicou o seu último romance, “O Evangelho do Novo Mundo”, em 2021.
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Uma das maiores vozes negras da literatura francófona, Maryse Condé publicou mais de 30 livros e explorou temas como escravidão, feminismo, colonialismo, diáspora africana e identidade negra. Suas obras são marcadas pela mistura de influências caribenhas e africanas. Entre elas, as mais conhecidas estão “Ségou: As Muralhas de Terra” (1984) e “Árvore da Vida” (1992).
A guadalupense passou a ter seus livros editados no Brasil há poucos anos. A editora Rosa dos Ventos lançou quatro obras: “Eu, Tituba: Bruxa Negra de Salém“, em 2019, “O Evangelho do Novo Mundo” e “O Coração que Chora e que Ri: Contos Verdadeiros da Minha Infância“, ambos em 2022; e “O Fabuloso e Triste Destino de Ivan e Ivana“, publicado em fevereiro deste ano.
No segundo semestre deste ano, a editora ainda prepara mais um lançamento de Maryse Condé: “Victoire, les saveurs et les mots” (Vitória, sabores e palavras, traduzido em português).
Em 2018, Condé venceu o New Academy Prize in Literature, prêmio alternativo ao Nobel, suspenso naquele ano devido a um escândalo no comitê de jurados.
Nas redes sociais, a escritora e filósofa Djamila Ribeiro homenageou a veterana guadalupense. “Uma das gigantes da literatura de todos os tempos, mulher caribenha que iluminou nossos pensamentos e coloriu a magia das mulheres com seus escritos poderosos. O valor de seu trabalho é inestimável. Pela riqueza de sua literatura, o brilhantismo de seu pensamento, uma mulher que partiu do Caribe e fez o imponderável no mercado editorial mundial, sendo lida em diversos idiomas e recebido incontáveis prêmios”, escreveu.
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