Hoje, 27 de julho, completa 42 anos do nascimento da vereadora e socióloga Marielle Franco. A ativista morreu assassinada em 14 de março de 2018, quando o carro dirigido por seu motorista, Anderson Gomes, foi emboscado e alvo de diversos disparos de uma submetralhadora MP-5. O crime aconteceu no bairro do Estácio, na Região Central do Rio de Janeiro, quando Marielle voltava de um evento com mulheres na Lapa.
Após 3 anos ainda não se tem pistas de quem mandou matar Marielle Franco, mas sobram polêmicas. A última foi a saída das promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile, que faziam parte da força-tarefa de investigação do caso desde 2018. As duas promotoras saíram por receio e insatisfação com “interferências externas” (segundo informações da TV Globo). Elas não revelaram quais seriam essas interferências.
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O que aconteceu no caso até agora?
Em maio de 2018 uma testemunha acusou o vereador do PHS, Marcello Siciliano e o miliciano Orlando Curicica de participação no assassinato de Marielle. Alguns meses depois a polícia descobriu que a testemunha, o policial militar Rodrigo Jorge Ferreira mentiu para incriminar Orlando, que era seu desafeto.
Um ano após os assassinatos, o PM reformado Ronnie Lessa foi apontado como autor dos disparos e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, como motorista do veículo que emparelhou ao carro dirigido por Anderson.
Em setembro de 2019, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge apresentou denúncia no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra cinco pessoas por atrapalharem as investigações do caso, entre eles um policial militar e um policial federal.
Já em fevereiro de 2020, a polícia fez uma operação na Zona Oeste do Rio de Janeiro para tentar encontrar a arma do crime, mas após buscas em 27 cisternas nada foi encontrado.
No dia 21 de maio foi negado recurso da defesa de Ronnie Lessa que visava impedir o julgamento do miliciano. Ele e Élcio Queiroz irão a júri popular, mas ainda não se sabe a data.
A irmã de Marielle, Anielle Franco, postou um vídeo em homenagem à irmã em suas redes sociais. “Para celebrar esse momento, mesmo com muita saudade, porque eu, definitivamente preferia ter ela aqui viva, celebrando com muita comida, muita festa, muita dança, muita muito tudo, a gente vai lançar “Marielle Franco-Raízes”, uma HQ feito pelo Instituto em colaboração com a Fundação Rosa Luxemburgo (…) mesmo na dor a gente tem trabalhado muito duro para manter esse legado, a memória da Mari vivos. Isso que importa, isso é o mais importante. Tentaram silenciar, mas a gente não vai ser interrompida e assim como ela nós não seremos interrompidas, seguiremos firmes, trabalhando, criando para potencializar mulheres e meninas negras”, disse a educadora enquanto anunciava uma live com o rapper Emicida para falar do lançamento.
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