A distribuidora Manequim Filmes emitiu nesta tarde de quarta-feira (30) um pedido público de desculpas à Mariana Nunes e Dan Ferreira, atores que tiveram seus nomes excluídos do material promocional do filme ‘Alemão 2’. “Pedimos desculpas por não termos incluído o nome de vocês no corpo do texto que foi enviado junto com um brinde a profissionais do meio cinematográfico, como forma de agradecimento ao apoio no lançamento de ‘Alemão 2′”, iniciou a nota da empresa, que respondeu ao pedido de posicionamento do MUNDO NEGRO.
“O nome de vocês, assim como o nome de grande parte desse grande elenco, esteve em todos os materiais oficiais do filme, inclusive no topo dessa carta, que reproduz o cartaz do filme. Não existe justificativa para não ter estado no corpo do texto. Foi um erro grave e estamos tomando providências para que isso não ocorra novamente”, destacou o pedido de desculpas.
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Dentro do longa, Mariana vive uma personagem com o mesmo nome no filme. “No texto do release não tem meu nome. Quem viu o Alemão 1 sabe quem é a Mariana na trama. Ela é o único personagem que está nos dois filmes. Ela é uma mulher em fuga pela sobrevivência, fugindo do apagamento. E é sobre apagamento esse texto. O apagamento das Marianas que representam tanta coisa que não queremos ver, coisas que ‘não vendem'”, desabafou Mariana, que utilizou seu Instagram para declarar a revolta em torno do ocorrido.
Em nota, a Manequim Filmes declarou: “A personagem Mariana, brilhantemente interpretada por Mariana Nunes, é o elo entre os dois filmes. Uma moradora do Complexo, sobrevivente do primeiro filme e que tenta criar seu filho em um território constantemente violentado por uma polícia e um Estado que atua de forma racista em ações que colocam em risco a vida da população que ali vive“.
Ainda sobre Dan Ferreira, que também teve seu nome apagado do material promocional em questão, a nota declara: “Dan Ferreira interpreta com garra Bento, um policial que possui um relacionamento com Mariana e vive um conflito entre o amor e a tensão provocada pela invasão. Ele humaniza personagens que estão massacrados pela violência, expondo os dramas de homens e mulheres policiais, presos em armadilhas institucionais criadas pelo próprio Estado“.
Abaixo, você confere o pedido de desculpas na íntegra.