A manchete da Folha de S.Paulo, “Tranças africanas devem ser lavadas pelo menos uma vez por semana; veja outros cuidados”, causou críticas nas redes sociais. A forma como o título foi estruturado gerou desconforto entre leitores, que interpretaram o tom como uma generalização e reforço de estereótipos associados a penteados afro e à higiene de pessoas negras: “Que manchete é essa?”, questionou uma usuária no Instagram.
A matéria, que entrevista a empresária Luisa Vasconcelos, uma mulher negra trancista que atende na capital paulista, traz recomendações sobre cuidados com as tranças, com frases como: “Segundo ela, não é saudável ficar três meses ou mais com o cabelo trançado e é preciso lavar pelo menos uma vez por semana para evitar odores e caspas. Também deve-se dar preferência a shampoos sem cor, sulfato e sal”.
Notícias Relacionadas
Cônsul da França na Bahia recorre à Justiça por retratação pública em caso de injúria racial
Justiça condena professora que afirmou que cabelo de estudante negra estava 'cheirando mal'
Ao focar no aspecto da higienização em sua manchete, a Folha colaborou para reforçar estereótipos que sempre pairaram o imaginário social racista acerca do cabelo crespo e cacheado de pessoas negras, o que também pode ser visto nos comentários feitos por outros seguidores do veículo, como ‘isso fede muito, deus me free’, escreveu uma pessoa cujo perfil é fechado, e ‘Tem.umas que são podres’, comentou outro usuário.
Notícias Recentes
Vencedora do Emmy, 'Abbott Elementary' é renovada para 5ª temporada
"Nossa novela tá no mundo", Duda Santos celebra destaque internacional de 'Garota do Momento' em matéria da Variety