Mackenzie diz estar apurando fatos e que aluna encontrada desacordada será ouvida em ‘ambiente pedagógico’ após recuperação

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Mackenzie diz estar apurando fatos e que aluna encontrada desacordada será ouvida em ‘ambiente pedagógico’ após recuperação
Foto: Reprodução

⚠️ Alerta de Gatilho: Este conteúdo aborda temas sensíveis e deve ser lido com cautela

O Colégio Presbiteriano Mackenzie afirmou que prestou atendimento imediato a uma aluna de 15 anos hospitalizada após ser encontrada desacordada no chão do banheiro da instituição no dia 29 de abril, mas negou ter conhecimento prévio de supostos casos de racismo, homofobia e bullying sofridos pela adolescente. A mãe da estudante, no entanto, diz que já havia alertado a escola sobre as agressões em 2024. O colégio afirmou ainda que “a aluna será ouvida assim que estiver em condições de se pronunciar no ambiente pedagógico”.

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Em nota enviada ao Mundo Negro, o Mackenzie declarou que a jovem, do 9º ano, foi socorrida por um bombeiro civil e pela médica pediatra da escola, sendo encaminhada à Santa Casa em ambulância do colégio, acompanhada pela coordenação pedagógica. A instituição ressaltou que “Em respeito à aluna e à sua família, optamos por não alimentar especulações. Todo o acompanhamento está sendo conduzido com responsabilidade, cuidado e discrição, diretamente entre as partes envolvidas”, afirmando que “a orientação educacional e a psicóloga escolar, que já acompanhavam a aluna e sua família, seguem prestando suporte” .

O colégio alega que “não é possível afirmar quais foram as causas do evento” e que aguarda a recuperação da estudante para ouvi-la. Sobre as acusações de bullying, racismo e homofobia, um assessor da escola disse ao Mundo Negro que “não sabe de onde surgiu” o tema. A mãe da adolescente apresentou à reportagem um e-mail enviado à escola em agosto de 2024, no qual relatava que a filha era xingada de “lésbica preta” e “cigarro queimado” e que chorava diariamente antes das aulas.

Acompanhamento pós-ocorrência

O Mackenzie afirmou que, após o incidente, direção e coordenação acolheram a mãe presencialmente e que uma psicóloga foi enviada ao hospital no mesmo dia. A família, porém, reclama da falta de apoio para transferir a jovem – internada em uma ala psiquiátrica da Santa Casa ao lado de pacientes que estão em estado grave e em fase terminal.

Leia a nota na íntegra:

O Colégio foi surpreendido com uma aluna do 9º ano que foi encontrada precisando de auxílio no banheiro do Mackenzie. O primeiro atendimento foi realizado pelo bombeiro civil, juntamente com a médica pediatra do colégio. A aluna foi encaminhada à Santa Casa pela ambulância do próprio colégio, acompanhada pela coordenação pedagógica e pela pediatra. O contato e o apoio à família têm sido contínuos.

A orientação educacional e a psicóloga escolar, que já acompanhavam a aluna e sua família, seguem prestando suporte. A direção e a coordenação acolheram a mãe presencialmente minutos após o ocorrido, nos dias seguintes e continuam acompanhando a situação de perto.

Nos últimos dias, algumas ilações sobre o episódio têm sido divulgadas, muitas delas desprovidas de fundamento. Em respeito à aluna e à sua família, optamos por não alimentar especulações. Todo o acompanhamento está sendo conduzido com responsabilidade, cuidado e discrição, diretamente entre as partes envolvidas.

Não é possível afirmar quais foram as causas do evento. Trata-se de uma adolescente que goza de todo o respeito, dignidade e consideração por parte do Colégio, assim como todos os nossos alunos. Internamente, estamos apurando todas as informações que possam elucidar a ocorrência. A aluna será ouvida assim que estiver em condições de se pronunciar no ambiente pedagógico.

Onde buscar ajuda

Se você estiver enfrentando um momento difícil e precisar de ajuda imediata, o Centro de Valorização da Vida (CVV) está à disposição. O CVV oferece um serviço gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio, disponível para qualquer pessoa que precise conversar. Para falar com um voluntário, você pode enviar um e-mail, acessar o chat pelo site ou ligar para o número 188. O atendimento é confidencial e está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Além disso, o CVV, em parceria com o UNICEF, disponibiliza um canal de escuta exclusivo para adolescentes entre 13 e 24 anos chamado “Pode Falar”. Este serviço, também anônimo, é voltado para adolescentes que precisam de acolhimento e desejam conversar sobre suas dificuldades. O atendimento pode ser feito via chat online ou WhatsApp. Para mais informações sobre horários de atendimento, consulte o site.

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