Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, existem cerca de 65 mil casos de lúpus no país, sendo a maioria em mulheres. Artistas como Toni Braxton, Nick Cannon e Seal, são diagnosticadas com a doença autoimune. Durante fevereiro, campanhas de conscientização, combate, prevenção e diagnóstico precoce destacam o lúpus, a leucemia, a fibromialgia e o mal de Alzheimer por serem quatro doenças crônicas que não têm cura. 

Além de ser mais comum em mulheres, prevalece mais comum em populações afro-americanas, hispânicas e asiáticas, sendo até quatro vezes mais incidente em mulheres negras do que em mulheres brancas, de acordo com o Ministério da Saúde. “A doença afeta mais pessoas entre 15 e 40 anos, mas pode ser diagnosticada em qualquer idade”, afirma Levi Jales Neto, reumatologista na Rede de Hospitais São Camilo.

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O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória que pode atacar os tecidos dos órgãos e ocasiona dores musculares e artríticas, anemia, fadiga, febre, mal estar, além de erupções escamosas ou manchas vermelhas na pele. Por mais que as manchas e erupções na pele gerem um estigma estético, o lúpus não é uma doença contagiosa, ou seja, não pode ser transmitida de uma pessoa para outra.

A doença pode ser agravada pela exposição ao sol, que deve ser evitada com chapéus e óculos, por exemplo, afirma o especialista. “Não existe uma causa específica para o lúpus, como a maioria das doenças autoimunes, estudos apontam que as causas estão relacionadas com fatores hormonais, infecciosos, ambientais e genéticos. Dentre eles, a exposição excessiva à luz solar, traumas emocionais  e infecções virais como o covid podem desencadear a doença”, explica ele.

Desmistificando o cuidado com o Lúpus

O tratamento para a condição autoimune é feito com antiinflamatórios,  corticóides e imunossupressores, sendo essencial consultar um reumatologista para diagnosticar e iniciar o tratamento correto para o lúpus. Além disso, Neto ressalta que não existe um exame específico para a doença, porque cada paciente a manifesta de forma diferente, no entanto, um exame físico ou um hemograma completo pode indicar sinais da doença.

Por mais que não haja uma causa específica para a condição, o reumatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo lista algumas formas de prevenir o lúpus e outras condições, como:

  • Evitar a exposição excessiva ao sol sem proteção;
  • Prezar por uma alimentação balanceada;
  • Atividade física aeróbica regular;
  • Medidas de controle de fatores emocionais;
  • Estar atento a sintomas como manchas que podem aparecer na face, porque podem ser um sintoma do lúpus.

“Para o paciente diagnosticado, é preciso o acompanhamento frequente e a medicação em períodos de crise por se tratar de uma doença crônica, assim como em casos de mulheres que desejem engravidar, o ideal é optar pelo período de remissão das crises para isso. Com o acompanhamento correto, a pessoa portadora do lúpus pode alcançar uma boa qualidade de vida”, finaliza o reumatologista.

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