As devastadoras consequências das enchentes provocadas pelas mudanças climáticas foram temas prioritários do encontro do presidente Lula com o presidente do Benim, Patrice Talon, em Brasília.

“Apesar de não sermos historicamente responsáveis pela mudança do clima, precisamos lutar juntos pela ampliação das metas de financiamento na COP de Baku e pela adoção de NDCs mais ambiciosas na COP de Belém em 2025”, afirmou Lula, destacando a urgência de ações coletivas frente à crise climática.

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Além de abordar as mudanças climáticas, Lula destacou outras prioridades da presidência brasileira do G20, reforçando a agenda estratégica dos países do Sul Global no fórum das maiores economias do mundo. Com a União Africana participando pela primeira vez como membro pleno, o presidente brasileiro trouxe à tona o grave problema do endividamento que aflige as nações mais pobres. “Se os 3 mil bilionários do planeta pagassem 2% de impostos sobre o rendimento das suas fortunas, poderíamos gerar recursos suficientes para alimentar as 340 milhões de pessoas que enfrentam insegurança alimentar severa na África”, disse Lula.

“O que vemos hoje é uma absurda exportação líquida de recursos dos países mais pobres para os países mais ricos”, denunciou Lula. “Não há como investir em educação, saúde ou adaptação à mudança do clima se parte expressiva do orçamento é consumida pelo serviço da dívida“. Lula anunciou que o Grupo de Trabalho de Arquitetura Financeira Internacional promoverá, em junho, um debate com especialistas africanos, cujas conclusões serão apresentadas na reunião de ministros das Finanças do G20. Ele também lembrou da proposta de taxação dos bilionários, apresentada pelo ministro Fernando Haddad em janeiro.

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