Ludmilla leva pagode ao mundo e defende gênero como “próxima febre global”

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Ludmilla leva pagode ao mundo e defende gênero como “próxima febre global”
Foto: Steff Lima

Em entrevista ao Hypebeast Brasil, Ludmilla reafirmou sua aposta no pagode como o próximo gênero musical brasileiro a ganhar o mundo, seguindo os passos do samba, da bossa nova e do funk. A cantora levou o projeto Numanice a Miami no último sábado (5), em um show histórico no Historic Virginia Key Beach Park — local marcado pela resistência da comunidade negra durante o período de segregação racial nos EUA.

“Meu objetivo é amplificar esse som cheio de swing, história e emoção — para o mundo”, disse Ludmilla. “O pagode tem tudo para conquistar outros países. Sua percussão poderosa, letras sinceras e melodias cativantes tornam impossível não sentir algo”, afirmou. A apresentação, que durou quase cinco horas, teve participações especiais do cantor Xanddy Harmonia e de Brunna Gonçalves, mulher de Ludmilla, que subiu ao palco grávida da pequena Zuri para um medley de “Maliciosa” e “Maldivas”. O local escolhido para o show carrega simbolismo: durante a segregação racial nos EUA, a Virginia Key Beach era um dos poucos espaços de lazer permitidos para afro-americanos em Miami.

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Foto: Steff Lima

Ludmilla destacou a importância de equilibrar inovação e tradição para tornar o pagode um fenômeno global. “Eu misturo novos elementos enquanto respeito as raízes. Quero que as pessoas vejam o pagode como um som global, assim como o samba, a bossa nova e agora o funk”, disse. “A música vai além das palavras. Assim como nos conectamos com músicas em outros idiomas, o pagode também tem esse poder — ele transcende a linguagem”, reforçou ela.

Turnê internacional e impacto social

A turnê do Numanice, que também passou por Portugal, entra em sua reta final, com datas confirmadas em Niterói (13/04), Brasília (03/05), Ribeirão Preto (31/05) e São Paulo (08/06), com encerramento no Rio de Janeiro em 26 de julho. De acordo com a produção da artista, além do sucesso comercial — mais de 500 mil espectadores e faturamento estimado em R$ 185 milhões —, o projeto tem impacto social: arrecadou 25 toneladas de alimentos para comunidades vulneráveis e gerou mais de 20 mil empregos diretos e indiretos.

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