Faixa integra ‘Ser’, recente álbum de estreia divulgado pelo multiartista que destaca todas as narrativas e subjetividades de um corpo preto, viado e imigrante afro-francês no Brasil
Você já deve ter se deparado com os vídos de L’homme Statue no seu feed do instagram, falando sobre as “coisás” que ele aprendeu a amar no Brasil. Além de oferecer esse intercâmbio Brasil x França com seus ricos conteúdos sobre a diversidade cultural daqui e de lá, ele também está investindo em sua carreira musical. Depois de divulgar ‘Ser’, seu primeiro álbum, construindo novos imaginários para o seu chamado “corpo preto viado”, Loïc Koutana, o L’homme Statue, embarca em uma série de lançamentos que marcam visualmente o ainda recente álbum de estreia.
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Em ‘Canto de Sereias’, artista surge avisando que, sim, ele chegou para abrir caminhos, exatamente como brada em sua música-manifesto, mergulhado em si mesmo, confidenciando emoções, expondo vulnerabilidades, pedindo a proteção daquelas que vieram antes, reverenciando a sua mãe e todas as divindades femininas que o abraçam, também, como uma força da natureza. Aqui, representada pela sua própria arte e todos os seus atravessamentos.
Com direção de Fred Ouro Preto, o videoclipe apresentado para a faixa é guiado por três atmosferas diferentes que refletem, de maneira muito poética e afetuosa, os movimentos da vida, a introspecção, a pureza e o renascimento.
Na sonoridade, a alma blues evolui para um RnB com batidas modernas do trap, construídas por Pedro Zopelar – produtor musical do projeto e maior parceiro criativo de Statue. “Vale dizer que essa é uma das canções mais líricas que estão no álbum e nós já fizemos várias versões dela. Inclusive essa, do clipe, é exclusiva e conta com a participação do guitarrista Maurício Souza”.
Imigrante afro-francês nascido em Paris, de família natural do Congo e da Costa do Marfim, L’homme Statue vive no Brasil –– por amor – há mais de 6 anos. É cantor, dançarino, modelo, performer e influenciador digital. É, na verdade, o que quiser ser. E nada, além de si mesmo, pode o definir.
“Eu decido tomar o controle sobre o meu corpo, a minha sexualidade e quem eu sou. Quero que as pessoas lembrem de mim pelo fato de ser. Esse é o meu maior poder. Ser é ser pelado, ser você mesmo, ser fraco, ser forte. Eu alcancei mais níveis a cada vez que fiquei mais frágil. Fui mais eu mesmo”.
Sendo quem é, L’homme Statue é para quem gosta de dançar e celebrar a vida. Para quem tem curiosidade e não se poupa de sempre experimentar.
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