Capa da nova edição da revista Harper’s Bazaar, Kendrick Lamar falou sobre sua vida pessoal e criativa em uma conversa com a cantora SZA. A entrevista, realizada em uma suíte de hotel em Santa Monica, nos EUA, abordou temas como saúde mental, espiritualidade e o poder da vulnerabilidade, revelando facetas mais íntimas do artista vencedor do Pulitzer.
Conhecido por ser um dos maiores letristas da atualidade, Lamar explorou seu processo criativo e emocional, comentando sobre a necessidade de manter uma distância entre sua persona de palco e sua verdadeira identidade. “Aprendi que não consigo me identificar com minhas performances no palco. Não consigo manter minha verdadeira identidade inteira para aquela pessoa que está no palco. Porque se eu fizesse isso, isso significaria que eu julgaria cada movimento toda vez que eu estragasse uma letra, toda vez que eu estivesse desafinado. … É muita coisa para lidar. Então eu tenho que ter uma distância entre o artista e a pessoa com quem fecho meus olhos e olho para o teto. Eu tive que desenvolver essa pele dura com uns 16, 17 anos, sem saber que não era apenas para minha carreira, mas para mim mesmo. É uma doença mental, com certeza”, comentou.
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“Para o que eu faço, certamente não há crescimento sem vulnerabilidade. Se eu tivesse entendido o poder da vulnerabilidade antes, eu poderia ter tido mais profundidade e mais alcance para os caras que estavam ao meu redor na vizinhança que estava surgindo. Você sabe, nossos pais, eles nunca tiveram essas saídas para se expressarem da maneira que queriam. Eu sempre olhei para nós como uma espécie de farol de esperança [para eles]”, disse ao lembrar como as gerações anteriores precisavam não podiam demonstrar vulnerabilidade.
Questionado por SZA sobre o que o motiva atualmente, Lamar responde: “Eu me realizo compartilhando minhas experiências com os jovens e permitindo que eles ouçam essas histórias e ouçam essas experiências e as alcancem. Então, para realmente responder à sua pergunta, é comunicação apenas com as pessoas em geral. E eu sinto que meu trabalho na música é apenas o começo. Eu não acho que seja meu objetivo final. Eu sei que não é meu objetivo final. A música é apenas um veículo para me levar até lá”.
A presença de Kendrick Lamar no Super Bowl de 2025 já é aguardada com ansiedade, mas é claro que, além de sua performance musical, o que o mantém relevante é sua capacidade de se reinventar e se aprofundar na complexidade de suas experiências. “A música é apenas um veículo para me levar até lá. Eu sei que não é meu objetivo final”, afirmou o rapper, sugerindo que há muito mais por vir em sua jornada artística.
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