Em uma noite marcada por discursos inspiradores e atos de apoio emocionantes, Kamala Harris, atual vice-presidente dos Estados Unidos, aceitou formalmente a nomeação do Partido Democrata para concorrer à presidência do país. A convenção, realizada em Chicago na última quinta-feira, 22, trouxe uma série de eventos que consolidaram a trajetória histórica de Harris como a primeira mulher negra a se candidatar ao cargo máximo do país por um dos dois grandes partidos dos EUA.
Harris discursou por 45 minutos e abordou temas centrais de sua campanha. Ela destacou suas raízes, enaltecendo sua jornada como filha de imigrantes, reafirmando o compromisso de liderar o país para “um novo caminho”. Em sua fala, Harris prometeu ser “uma presidente para todos os americanos”, reforçando a mensagem de união que permeou a convenção.
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Outro momento de impacto foi o apoio público de quatro dos cinco homens negros injustamente acusados no caso Central Park Five, que discursaram durante a convenção na noite de ontem. Emocionado, Korey Wise lembrou como Trump defendeu que eles fossem considerados culpados e mortos patrocinando um anúncio publicitário de página inteira que custou U$ 85 mil. Advogado que foi um dos cinco adolescentes condenados injustamente, Yusef Salaam também destacou que até hoje o candidato republicano defende a sentença que culpou os jovens e destacou: “Juntos, no dia 5 de novembro, vamos levar Kamala Harris e Tim Walz direto para a Casa Branca. A américa deve finalmente dizer adeus aquele homem detestável”, afirmou em referência à Trump.
🇺🇸 Quatro dos cinco homens negros falsamente acusados de estuprar e espancar uma mulher branca no Central Park no final da década de 80 declararam apoio a Kamala Harris.
— Eixo Político (@eixopolitico) August 23, 2024
Na época em que foram acusados, quando ainda eram adolescentes, Donald Trump pagou um anúncio no The New… pic.twitter.com/ZPSeNtC0mp
Além dos apelos por unidade, Harris tocou em questões polêmicas, como o direito ao aborto e a necessidade de reformar o sistema de imigração dos EUA. No campo da política externa, ela reafirmou seu apoio ao direito de Israel se defender, ao mesmo tempo em que expressou preocupação com o sofrimento dos palestinos em Gaza, uma postura que reflete a continuidade das políticas de Joe Biden.
A convenção também foi marcada por críticas ao ex-presidente Donald Trump, com Harris o descrevendo como “um homem pouco sério”, mas cuja volta à Casa Branca seria uma ameaça significativa para o país. A candidata prometeu não ser “amistosa com tiranos e ditadores”, em referência às relações de Trump com líderes como Kim Jong-un.
A ex-primeira-dama Michelle Obama, exaltou Harris em uma publicação nas redes sociais feita na noite de quinta-feira, afirmando que a candidata é “uma líder forte e determinada”. Ela também destacou: “Há apenas uma escolha para nós nesta eleição — e essa é a próxima presidente dos Estados Unidos, @KamalaHarris!”.
Diferente do esperado, Beyoncé não compareceu ao evento, mas Kamala Harris fez sua entrada ao som da música ‘Freedom’, do álbum ‘Lemonade’ da cantora, que se tornou trilha sonora da campanha de Harris.
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