
Acusado de racismo contra Taís Araujo, o empresário Celso Henrique de Oliveira Yamashita terá seu passaporte bloqueado e apreendido pela Justiça de São Paulo. A decisão também se estende a documentos em nome de Musashi Henrique de Oliveira Yamashita, identidade que ele teria adotado recentemente. A informação é do blog Rogério Gentile do UOL.
O caso teve início em abril de 2022, quando Yamashita escreveu em um grupo de WhatsApp de um condomínio em São José do Rio Preto (SP) a frase: “É uma infeliz. Maldita Princesa Isabel”, em reação a um vídeo em que a atriz criticava o então presidente Jair Bolsonaro. O Ministério Público reconheceu que a fala se configura no crime de racismo, já que faz referência contra a abolição da escravidão e sugere que pessoas negras não teriam o direito de se posicionar caso a Lei Áurea não tivesse sido assinada.
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A denúncia foi aceita em julho de 2023 pela juíza Maria Letícia Buassi, que abriu processo penal contra o empresário, já condenado por homicídio em 1993. Desde então, Yamashita não foi localizado para citação. O promotor Fabio Miskulim apontou que o acusado estaria viajando com frequência ao Japão, o que motivou o pedido de bloqueio do passaporte.
Na defesa, o advogado Mamede Neto tentou relativizar o caso, descrevendo a frase como uma “brincadeira de bom humor”, classificando a denúncia no Ministério Público como “exagero” e se referindo ao morador que denunciou como “alguém desocupado”.
O juiz Eduardo Albuquerque acatou o pedido do Ministério Público e determinou a apreensão do documento, reforçando que a medida impede Yamashita de entrar ou sair do Brasil sem ser citado no processo.
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