No segundo dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Paris, o Brasil celebrou sua segunda medalha de ouro, desta vez no atletismo. Júlio César Agripino, 33, liderou a prova dos 5.000m da classe T11 (deficiências visuais) e, com o tempo de 14min48s85, estabeleceu um novo recorde mundial e paralímpico. Além de garantir o título, o paulista emocionou-se ao dedicar a conquista ao avô.
“É muita emoção ser campeão paralímpico e quebrar o recorde mundial. Comecei a treinar em um campinho na periferia, e essa vitória é prova de que, com determinação, é possível superar os desafios. Dedico essa medalha ao meu avô”, disse Júlio, que foi diagnosticado com ceratocone, doença degenerativa na córnea, aos sete anos.
Notícias Relacionadas
Grupo de pesquisa da UFF lança novo site com mapeamento inédito sobre racismo religioso no Brasil
Estudante cria museu virtual para destacar cientistas negras e vence prêmio no RJ
O Japão garantiu a prata com Kenya Karasawa, enquanto o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, 32, completou o pódio, conquistando o bronze. Yeltsin, que enfrentou lesões e uma virose durante a preparação, comemorou a medalha e exaltou a vitória do compatriota. “Muito feliz pelo Júlio. Minha preparação foi comprometida, mas, como minha esposa disse, você ou chupa o limão azedo ou faz a limonada”, comentou o atleta, que já acumula três medalhas paralímpicas.
A estreia vitoriosa do atletismo brasileiro em Paris contribuiu para ampliar o histórico de medalhas do país na modalidade, que agora soma 172 conquistas, sendo 49 de ouro. Com o resultado, Júlio e Yeltsin voltam a competir nos 1.500m, cuja final está marcada para o dia 3 de setembro.
No primeiro dia de competições, o nadador Gabriel Araújo já havia conquistado a primeira medalha de ouro do Brasil, nos 100m costas da categoria S2.
Notícias Recentes
21 de janeiro - Dia de Combate à Intolerância Religiosa: a resistência e o orgulho do povo negro
Vencedora do Emmy, 'Abbott Elementary' é renovada para 5ª temporada