O juiz Gregory Weeks, que presidiu o julgamento de Daniel Green, condenado pelo assassinato de James Jordan, pai do astro da NBA Michael Jordan, em 1996, entrou com um pedido na última terça-feira, 15, junto à comissão de liberdade condicional da Carolina do Norte para libertar o réu, que cumpre prisão perpétua. Weeks afirmou que novas evidências, não divulgadas no julgamento, poderiam ter alterado o veredicto.
James Jordan foi morto em 1993, enquanto dormia no banco do passageiro de seu carro, de acordo com a acusação. O corpo foi encontrado em um pântano na Carolina do Sul, duas semanas após o crime. Green, na época com 18 anos, e seu amigo de infância, Larry Demery, foram acusados de tentar roubar o carro de Jordan, resultando no assassinato.
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A principal testemunha do caso foi Demery, que alegou que Green teria puxado o gatilho. Contudo, Weeks revelou que um teste forense conduzido no carro de Jordan foi inconclusivo quanto à presença de sangue, o que não foi informado durante o julgamento. O juiz destacou que essa omissão tem “assombrado” sua consciência por quase três décadas.
A defesa de Green sustenta que ele não cometeu o homicídio, mas ajudou Demery a se livrar do corpo, após ter sido chamado pelo amigo. Em carta à comissão, Green expressou arrependimento: “Todos os dias vivo com o remorso e a dor pelas decisões juvenis que tomei.”
A comissão de liberdade condicional deve deliberar sobre o caso nas próximas semanas. Michael Jordan e Gregory Weeks não comentaram o pedido, e a família Jordan permanece em silêncio.
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