
O coreógrafo camaronês Joseph Toonga desembarca no Rio de Janeiro entre 11 e 26 de abril de 2025 com o projeto “The Body Black Festival: Joy Isn’t Always Joy”. A iniciativa, financiada pelo Arts Council England, ocupará o Centro Coreográfico da Cidade e a Biblioteca Parque, na região central, com ensaios abertos ao público. O festival utiliza linguagens artísticas que misturam dança, teatro e tecnologia digital para abordar questões urgentes de saúde mental na comunidade negra, com foco em temas como solidão e depressão.
Criado pelo coreógrafo Joseph Toonga, o projeto é uma plataforma multidisciplinar que comissiona obras sobre temas como solidão, depressão e suicídio na comunidade negra. A peça central, “Joy Isn’t Always Joy”, é um espetáculo de teatro-dança de 60 minutos que explora as lutas ocultas por trás de sorrisos que muitas vezes mascaram sofrimento.
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Nascido em Camarões e criado em Londres, Toonga é reconhecido por sua abordagem que funde hip-hop e dança contemporânea. Sua trilogia aclamada — “Born to Manifest”, “Born to Protest” e “Born to Exist” — abordou questões raciais e de pertencimento, rendendo-lhe colaborações com companhias de peso, como o The Royal Ballet. “O Brasil tem uma das maiores diásporas negras do mundo, e trazer essa discussão para cá é essencial”, disse Toonga em comunicado. Após o período de ensaios no Rio, o elenco segue com Toonga para a Europa entre junho e agosto, onde finalizará a montagem e dará início a uma turnê.
Além da dança, o festival integra a participação da designer carioca Vitória Flores, moradora da Rocinha e professora do Istituto Europeo di Design (IED). Sua trajetória — da periferia ao mundo da moda — reflete-se em figurinos que priorizam narrativas negras e marginalizadas.”Queremos que o público não apenas assista, mas reflita e se reconheça”, afirma Flores, que também atuará como figurinista da produção.
Para ampliar o impacto, o projeto inclui uma plataforma digital com recursos de saúde mental, oferecendo suporte ao público e participantes. A iniciativa busca fomentar diálogos contínuos sobre bem-estar emocional, especialmente em comunidades negras e periféricas.
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