Especialista em viennoiseries e pães rústicos de fermentação natural, Jhonata Kaique de Oliveira Ramos, 26, transforma a panificação em arte na Galpão Padaria Natural, em Osasco, na Grande São Paulo. Reconhecido em 2022 como um dos melhores padeiros do país pela Revista Panificação Brasileira, ele também vem conquistando o público nas redes sociais da padaria com vídeos que mostram seu trabalho.
“Minha mãe faleceu quando eu tinha 14 anos e tive que iniciar minha vida profissional muito cedo. Meu irmão Bruno era padeiro e me direcionou para a área. Conheci Diego Santana, um amigo falecido que abriu portas para mim no mercado”, conta Jhonata sobre o início da sua trajetória em entrevista ao Mundo Negro e Guia Black Chefs.
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Antes dele ter o prestígio nacional, também aprendeu com outros nomes de peso. “Me desenvolvi na área e passei a trabalhar com nomes de referência no ramo da panificação, como o chef Rodolfo Nunes, eleito o melhor padeiro do Brasil. Tudo o que aprendi foi graças a ele.”
Apesar do reconhecimento, a trajetória de Jhonata não é diferente de muitos de outros chefs negros. “Geralmente, as pessoas dizem que não tenho perfil de padeiro ou duvidam que atuo nessa profissão. Não costumo dar ouvidos, pois sei que o meu trabalho — e a qualidade dele — falam por si só”, afirma.

Para ele, sua trajetória e sua identidade estão conectadas à profissão. “Sempre tive oportunidades na área por meu trabalho ser diferenciado. Fui inserido no ramo muito jovem, e isso me tirou das ruas, trazendo oportunidades e esperanças de crescer cada vez mais”, conta.
Para o futuro, Jhonata relata o desejo de abrir a sua própria padaria em Carapicuíba (SP), cidade onde mora. “Quero oferecer oportunidades para jovens pretos aprenderem panificação”, conclui.
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