Para preservar a língua nativa, chamada Pulaar, falada por mais de 40 milhões de pessoas do povo Fulani, na África Ocidental, os irmãos Ibrahima e Abdoulaye Barry, criaram o ADLaM, uma versão digital do alfabeto, que após anos de colaboração com a Microsoft, foi lançado em abril deste ano.
O ADLaM Display permite que os Fulani se comuniquem em sua língua materna por meio de textos, e-mails e sites, fortalecendo a cultura e promovendo a alfabetização em toda a região. A sigla significa “Alkule Dandayɗe Leñol Mulugol”, ou seja, “o alfabeto que impedirá que a cultura e as pessoas desapareçam”.
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“Queríamos fazer algo a respeito e, ‘letra por letra’, criamos um alfabeto para nosso povo. O ADLaM nos permitirá preservar nossa cultura”, disseram os irmãos Barry em um comunicado compartilhado com a revista ESSENCE.
Com o apoio da agência de criação McCann NY, os irmãos produziram recursos educativos, incluindo um livro infantil e materiais de aprendizagem para escolas guineenses, combatendo o analfabetismo, um dos principais objetivos do projeto. O ADLaM foi integrado nas plataformas globais da Microsoft, ampliando sua acessibilidade.
Devido aos esforços conjuntos, o ADLaM foi adotado com sucesso pelos Fulani e ganhou popularidade entre a diáspora Fulani globalmente e em comunidades em toda a África Ocidental. O projeto também trouxe resultados promissores para a educação, com duas escolas focadas em ADLaM programadas para abrir na Guiné, além disso, o governo do Mali está prestes a incluir o alfabeto oficialmente em sua constituição.
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