O empresário Geraldo Rufino, que iniciou sua vida profissional trabalhando como catador de lixo reciclável e fundou a primeira e maior empresa de reciclagem de peças de caminhões do Brasil, está sendo investigado pela Polícia Federal por fraude e lavagem de dinheiro.
A informação exclusiva é do Metrópoles, que através de uma reportagem do jornalista Luis Vasallo, obteve documentos que mostram a forma como Geraldo Rufino se tornou alvo de investigações e decisões judiciais que envolvem fraudes milionárias e investigações como falsificação de documentos, lavagem de dinheiro envolvendo laranjas e clonagem de veículos.
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Em nota ao Metrópoles, Rufino, que também ficou conhecido como o ‘catador de sonhos’, negou as acusações e explicou que as dívidas mencionadas nos processos não são dele. Atualmente, tanto a Polícia Civil de São Paulo quanto a Polícia Federal estão conduzindo investigações relacionadas à família do empresário e suas empresas. Na esfera estrita das dívidas, decisões judiciais têm reconhecido o uso de laranjas para Rufino se esquivar de pagamentos e driblar execuções milionárias. “Eu tenho uma família de empreendedores. Na minha família, somos 150 pessoas, e mais de 40 têm CNPJ. Sobrinho, filho de sobrinho, irmã, tio. O meu time, quando eles crescem comigo, eu mesmo ajudo eles a montar o negócio deles. Eu tenho pelo menos 25 pessoas que trabalharam comigo que têm a minha atividade”, afirma o empresário.
Rufino disse ainda que as acusações não possuem provas. “Eu sei que existem pessoas que tentam me ligar nisso quando tem uma coisa errada, mas nunca conseguiram porque é uma narrativa que não fecha, não é verdade. E eu sempre fui muito transparente, eu nunca neguei para ninguém que eu quebrei seis vezes, mas nunca fugi do meu problema”, afirma. “Se fosse verdade (o esquema com laranjas), eles tinham derrubado minha RJ (recuperação judicial). E por que eles não derrubam a RJ? Porque não é verdade. Eu não devo a eles. Não devo o que eles dizem que eu devo. A dívida não é minha, é do meu filho, e eu só fui solidário porque achei que (o credor) era amigo, eu não ia deixar ele na mão porque ele fez negócio com meu filho confiando porque era meu sobrenome. Era a única coisa. O resto é narrativa”, afirma.
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