Em meio ao intenso combate aos incêndios florestais que avançam em várias regiões do Brasil, uma força essencial se destaca: mais de 70% dos brigadistas mobilizados para essa tarefa perigosa são indígenas e quilombolas. Essa composição, segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, é uma vantagem estratégica na luta contra as queimadas, já que o conhecimento profundo que esses grupos possuem sobre o território tem se mostrado crucial.
“Hoje, 50% dos brigadistas que atuam no Brasil são indígenas e 20% são quilombolas, o que facilita muito o deslocamento deles pelas florestas”, destacou Agostinho, em entrevista à coluna de Miriam Leitão no O Globo. Ele explicou que, ao contrário dos bombeiros urbanos, que têm uma formação focada em resgates e operações de combate ao fogo em áreas urbanizadas, os brigadistas indígenas e quilombolas trazem uma expertise inigualável na navegação e proteção das áreas de floresta, algo essencial para as operações em áreas remotas e de difícil acesso.
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A força de trabalho, que inclui 3.245 brigadistas no total, enfrenta desafios gigantescos com 700 fiscais, 1.100 viaturas, 22 aeronaves e 40 embarcações simultâneas mobilizadas por todo o país. Mesmo com essa estrutura robusta, o presidente do Ibama reconhece que o risco de morte e acidentes é elevado. Um exemplo trágico ocorreu recentemente, com a descoberta do corpo carbonizado de um jovem brigadista de 26 anos na Chapada dos Guimarães (MT), o que reforça o perigo constante dessa missão.
Além do risco, outro fator que impede a ampliação rápida do número de brigadistas é a necessidade de treinamento especializado, enfatizou Agostinho. “Eu não posso colocar uma pessoa sem experiência para fazer isso. É um serviço super perigoso”, disse, explicando que é fundamental garantir que os brigadistas estejam bem preparados para enfrentar a complexidade das queimadas.
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