O novo livro “Iemanjá em Mares Verdes”, da geógrafa e pesquisadora Ilaina Damasceno, mergulha na história de mais de 50 anos da Festa de Iemanjá em Fortaleza, analisando como o evento se tornou patrimônio imaterial da cidade e um ato de resistência para as religiões de matriz africana. (Baixe aqui gratuitamente)
Fruto de seu doutorado na Universidade Federal Fluminense (UFF), a obra mostra como a festa realizada na Praia de Iracema vai além do campo religioso, transformando-se em um ato de visibilidade e de luta por direitos. Entre 2011 e 2019, Damasceno realizou pesquisa de campo, documentando a performance dos participantes — com músicas, gestos e indumentárias — como uma forma de “fazer política com o corpo”.
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“A presença do corpo afro-brasileiro em rituais públicos é uma experiência estético-política que reinventa narrativas e territórios”, destaca a autora.
O livro também explora a relação entre a tradição nordestina e a ancestralidade afro-brasileira, reforçando identidades negras e indígenas no Ceará. Para Ilaina, escrever “Iemanjá em Mares Verdes” foi um reencontro com sua própria trajetória.
Natural de Quixadá, no sertão cearense, ela cresceu entre práticas católicas e referências à Jurema Sagrada, mas foi no Rio de Janeiro que se aproximou da umbanda e do candomblé, tornando-se cambone em um terreiro.
Baixe o livro no site da editora Pedro e João Editores.
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