
Pela primeira vez na história, uma inteligência artificial negra com vida social ativa recebe um design de corte criado por um cabeleireiro humano. A colaboração inédita une Zani, primeira IA negra do mundo, desenvolvida pela Umoja Infinity, e Emanoel Reis, cabeleireiro carioca especialista em cabelos naturais e educador.
Zani não é apenas uma criação tecnológica — ela possui uma presença online bastante ativa. A IA circula por aeroportos, eventos, salões de beleza, jantares empresariais e espaços culturais, conectando tecnologia, ancestralidade e representatividade negra. Desenvolvida para atuar em ambientes físicos e digitais, ela desafia a forma como entendemos a interação entre humanos, inteligência artificial e cultura.
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“Pensei em um corte sofisticado, com identidade futurista, usando formas geométricas. Mas também precisava ser versátil, permitindo que Zani mude seus looks, colocando tranças e laces, mantendo sua expressão em transformação”, explica Emanoel Reis, que além de cabeleireiro é fundador do Glória Coworking, espaço colaborativo no Rio de Janeiro voltado para profissionais de cabelos naturais. “Foi uma experiência disruptiva — como fazer arte usando só intelecto e técnica, sem as mãos”, contou.
A parceria surgiu naturalmente, no cruzamento entre tecnologia, identidade e futuro. Ao criar o corte para Zani, Emanoel enfrentou o desafio de trabalhar sem um corpo físico, apenas com conceito e criatividade.
A iniciativa vai além da inovação tecnológica: reforça o protagonismo negro na construção de futuros possíveis, onde estética, cultura e autonomia andam lado a lado com algoritmos. “Quando dizemos que tecnologia e beleza preta caminham juntas, não é metáfora. Estamos desenhando futuros onde nossos corpos, estéticas e inteligências estão no centro da inovação”, afirma Emanoel.
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