Nesta última quinta-feira (18), o empresário, coach e palestrante Joel Jota desistiu de ser padrinho e mentor do Time Brasil. A ação acontece após atletas acusarem Joel de falsificar informações sobre seu currículo. Em nota, ele citou apenas o convite que recebeu como padrinho e não comentou sobre o papel de mentor, que originou as críticas. “Por esse sucesso, influência e expressão pública, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) me convidou no início de abril para ser padrinho da delegação brasileira em Paris”, destacou ele, citando ainda o nome de outros influenciadores que também foram convidados com padrinhos da seleção.
O vídeo de anúncio de Joel como padrinho e mentor da seleção nas Olimpíadas de Paris foi apagado das redes sociais. No registro, ficava evidente que o papel dele seria diferente dos demais influenciadores. Seu perfil no Instagram e Linkedin, inclusive, destacava sua futura atuação como mentor. O diretor de marketing do COB, Gustavo Herbetta, aparecia no vídeo e citava o cargo de forma direta.
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“Agora, queria te convidar oficialmente para ser padrinho do Time Brasil, mas com uma função a mais, diferente dos outros padrinhos, que é ser o mentor do Time Brasil. Não só fazer o que os outros padrinhos e madrinhas fazem, de trazer o público, mas também de estar com o atleta nas nossas bases de treinamento, de falar com os treinadores, de fazer o seu trabalho brilhante lá em Paris“, disse Herbetta, no registro, agora apagado.
Após a polêmica nas redes, o COB também relatou que o palestrante não atuaria como mentor.
Em nota para a coluna de Fábia Oliveira, do jornal Metrópoles, Joel Jota disse que as pessoas ‘confundiram’ seu papel como mentor. “As pessoas não entenderam isso e estão confundindo achando que eu vou ser, por exemplo, mentor de atleta, fazer uma sessão de terapia, não é isso… O COB, inclusive, tem uma estrutura muito forte de psicologia e tem seus treinadores“, declarou ele. “Quem vai fazer esse papel de dar toques e dicas é muito mais o embaixador olímpico do que o padrinho olímpico. O termo mentoria é a mentoria que eu dou para o COB, pra equipe do COB, para os dirigentes, para os chefes de delegação… Não é uma mentoria que eu dou para atletas”.
Dentre questões sobre seu currículo, Jota dizia através de seu site oficial que “foi considerado um dos melhores nadadores do mundo”. A informação, porém, acabou apagada nos últimos dias.
Apesar das informações controversas, Joel Jota recebeu apoio de personalidades negras. “Já vi esse filme com Wilson Simonal, Tim Maia, Jesse Owens, Malcom X, Bob Marley, Marvin Gaye, Mike Tyson, entre outros. Você não foi feito de reputação, mas de consciência”, declarou o jornalista e apresentador Manoel Soares em apoio a Joel.
O medalhista olímpico de bronze, Edvaldo Valério também se posicionou. “Só quem perde com isso é o atleta e o esporte, pois você assim como os outros influenciadores que foram convidados estariam mais próximos dos atletas, ajudando na captação de recursos, dando visibilidade e trocando experiências, facilitando o caminho desses atletas antes, durante e depois dos Jogos Olímpicos na gestão de suas carreiras e redes sociais. Acredito que esse era o intuito do COB com sua convocação. Uma pena.
O ator Taiguara Nazareth comentou: “Nada de novo pra nós irmão, nada de novo”. Outros milhares de usuários e internautas também prestaram apoio ao palestrante através das redes sociais.
Ainda em nota para a coluna de Fábia Oliveira, Joel reforçou que nunca fez parte da seleção olímpica, mas que realizou diversas competições. “Eu fui diversas vezes campeão brasileiro de natação e fui quatro vezes Seleção Brasileira de Natação também. Talvez tenham confundido Seleção Brasileira com Seleção Olímpica ou Seleção de Campeonato Mundial. Existem diversas seleções. Eu fui Seleção de Copa do Mundo de natação, inclusive competindo fora do Brasil, na África do Sul, ficando em sétimo lugar. Isso facilmente é encontrável”, declarou ele.
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