O filme “Herói de Sangue”, estrelado por Omar Sy (“Lupin”, “Intocáveis”), chega aos cinemas brasileiros nesta semana, em 13 de julho. Escrito por Vadepied e Olivier Demangel, “Herói de Sangue” retrata uma história esquecida da memória francesa, mas que ainda ressoa entre o povo do Senegal. Omar Sy interpreta um pai senegalês determinado a salvar seu filho de 17 anos, que foi recrutado à força para lutar pelos franceses na Primeira Guerra Mundial.
“Não entendo por que a história dos soldados senegaleses, assim como dos soldados de outros lugares, foi tão pouco contada. Não há explicação. Tudo o que sei é que raramente ouvimos falar sobre ela. Mas acho que é uma perda de tempo ficar pensando nisso. O importante hoje é contar e pronto. Por isso fizemos este filme“, afirma Sy. Ele ressalta que, mais do que abordar esse momento histórico, é fundamental mantê-lo vivo na memória. “É como se falássemos da África pós-colonial como se não houvesse África antes dela. É esse “antes” que me interessa. Essa também é uma forma de mostrar respeito e homenagear as vidas perdidas, as dos jovens recrutados para o exército e arrancados de suas aldeias”, comenta.
Notícias Relacionadas
“Razões Africanas”: documentário sobre influências da diáspora africana no jongo, blues e rumba estreia em novembro
Canal Brasil celebra Mês da Consciência Negra com estreia de longas, documentários e entrevistas exclusivas
Durante toda a produção, o cineasta Mathieu Vadepied mantinha em mente a preocupação com o posicionamento dos personagens no filme. A ideia era evitar a caricatura no roteiro e em tela. “Nunca paramos de tentar encontrar um equilíbrio entre a história épica e o estudo intimista, visto na fricção e na tensão que marca todo o filme. O público precisa sentir essa intimidade [entre pai e filho], enquanto observa a influência e a violência de uma guerra que marcou gerações. Aldeias inteiras foram roubadas. Seus entes queridos nunca retornaram. Alguns desapareceram sem sequer terem um enterro”, diz Vadepied.
Notícias Recentes
Negros Trumpistas: para cientista político americano, empreendedorismo atrai jovens negros ao voto em Trump
Com 28 Grammys e 60 anos de carreira transformadora no jazz e no pop, Quincy Jones construiu parcerias históricas