Google retira eventos culturais como Mês da História Negra e Orgulho LGBTQIA+ de calendário padrão

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Google retira eventos culturais como Mês da História Negra e Orgulho LGBTQIA+ de calendário padrão
Foto: Reprodução/ Dreamstime/TNS

O Google retirou eventos culturais como o Mês da História Negra, celebrado em fevereiro e que homenageia a história dos afro-americanos, e o Mês do Orgulho LGBTQIA+ da lista de feriados e comemorações nacionais padrão exibidos no Google Agenda. A mudança, que afeta também o Mês da História das Mulheres, o Dia da Memória do Holocausto, o Mês Nacional da Herança Hispânica e o Mês dos Povos Indígenas, foi implementada em meados de 2024, mas só agora começou a ser notada publicamente.

A gigante da tecnologia justificou a decisão afirmando que manter manualmente centenas de eventos culturais em escala global não seria “escalável nem sustentável”. Em comunicado à agência Associated Press, o Google explicou que, a partir de 2024, passou a exibir apenas feriados e datas comemorativas nacionais fornecidas pelo site timeanddate.com, permitindo que os usuários adicionem manualmente outros eventos importantes.

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Ainda não está claro por que as alterações no Google Agenda estão sendo notadas apenas agora, mas a decisão já gera debates sobre o papel das grandes empresas na promoção da conscientização cultural e histórica. Críticos argumentam que a remoção desses eventos do calendário padrão pode diminuir a visibilidade de causas importantes.

Apesar da explicação, a mudança ocorre em um momento em que empresas de tecnologia têm reduzido publicamente seu compromisso com iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Nos Estados Unidos, o tema ganhou destaque após o ex-presidente Donald Trump emitir, em seu primeiro dia no cargo, uma ordem executiva que encerrava programas e políticas de DEI no governo federal.

O Google não divulgou uma lista completa dos eventos removidos, mas a medida afeta principalmente celebrações que destacam a história e as contribuições de grupos minoritários. A empresa não comentou se planeja revisar a decisão ou oferecer alternativas para garantir que esses eventos continuem acessíveis aos usuários.

Enquanto isso, organizações e ativistas têm incentivado o público a adicionar manualmente essas datas ao Google Agenda, ressaltando a importância de manter viva a memória e a celebração de lutas e conquistas históricas.

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