No aniversário de 148 anos de seu nascimento, o médico psiquiatra brasileiro é o tema do Doodle dessa quarta-feira, 6 de janeiro. Os doodles, são versões comemorativas do logo do site de buscas. O autor Alexandre Dumas e o arquiteto Tebas foram outras personalidades negras históricas a ganharem doodles em suas homenagens nos últimos meses, e agora chegou a vez de Juliano Moreira.
O capricorniano nasceu em Salvador, e vinha de uma família pobre. Entrou para a Faculdade de Medicina da Bahia com apenas 13 anos e se formou aos 18 em 1.891. Cinco anos depois disso, já era professor na mesma instituição. Por sete anos, entre 1895 e 1902, residiu na Europa onde se dedicou a estudar diversos cursos sobre doenças mentais. Quanto voltou para o Brasil em 1903, se mudou para o Rio de Janeiro onde se tornou Diretor do Hospício Nacional Nacional de Alienados, cargo esse que exerceu 1930, três anos antes de sua morte por Tuberculose em 2 de maio 1933.
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Entre os pontos principais da carreira de Moreira, destacam-se seu posicionamento contra o racismo cientifico e o seu pioneirismo em relação à disciplina psicanalítica no ensino de medicina do Brasil. Naquela época, acreditava-se que (dentre outras coisas errôneas) que doenças mentais tinham relação com a raça. Moreira, fazia parte de um pequeno grupo de profissionais que acreditavam que os problema estavam em coisas como condições sanitárias e educacionais adversas, alcoolismo, verminoses entre outras coisas, mas não no preconceito de raças.
Durante o tempo em que foi diretor do Hospício Nacional de Alienados, ele implantou uma série de mudanças que se alinhavam com a modernização da psiquiatria na prática asilar (internações). Essas mudanças foram: Abolição das camisas e coletes de força, bem como das grades nas janelas, inclusão de neurologistas, pediatras, oftalmologistas, ginecologistas e dentistas no corpo docente. Além disso, foram instalados laboratórios de bioquímica e anatomia patológica no hospital.
O membro da Academia Brasileira de Ciências, faleceu em Petrópolis, e não deixou filhos. Em 1936 foi homenageado com hospital psiquiátrico na Bahia que leva o seu nome.
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