Fotógrafo Roland L. Freeman retratou a arte das tranças afro no festival do Smithsonian, em 1985

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Fotógrafo Roland L. Freeman retratou a arte das tranças afro no festival do Smithsonian, em 1985
Foto: Roland L. Freeman

Durante o Smithsonian Folklife Festival de 1985, o fotógrafo Roland L. Freeman documentou um projeto inovador que celebrava a história e a cultura das tranças e penteados afrodescendentes. Intitulado Braids, Plaits, and Cornrows, o projeto foi criado para destacar a importância dessa tradição cultural como expressão de identidade e resistência da comunidade afro-americana.

Realizado anualmente desde 1967 no National Mall, em Washington, D.C., nos Estados Unidos, o Smithsonian Folklife Festival promove a diversidade cultural por meio da exibição de práticas e saberes vivos de comunidades dos Estados Unidos e de outras partes do mundo. A edição de 1985 teve como temas principais a “Conservação Cultural”, explorando tradições em risco de desaparecer, a cultura de Louisiana e o festival indiano “Mela!”. Dentro desse amplo contexto, o projeto das tranças trouxe visibilidade a uma prática enraizada na diáspora africana.

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Roland L. Freeman | Foto: Keith Jenkins/Washington Post

Roland L. Freeman, reconhecido como um dos maiores documentaristas da cultura negra americana no século XX, capturou em suas lentes a riqueza dos detalhes e os significados históricos por trás dos penteados apresentados no festival. A fotografia de Freeman combina antropologia visual, cultura popular e documentação histórica. Seu trabalho no festival reflete essa abordagem, registrando os penteados como formas de arte, comunicação e resistência cultural.

As imagens capturadas no projeto Braids, Plaits, and Cornrows foram parte de um esforço maior do Smithsonian para preservar práticas culturais ameaçadas. Elas também reforçam a missão do festival de celebrar a diversidade e o patrimônio cultural das comunidades afro-americanas, sublinhando a importância das tranças como um legado vivo e uma forma de expressão artística.

Nascido em Baltimore e inspirado pelo trabalho de fotógrafos como Gordon Parks e Roy DeCarava, Freeman começou sua carreira durante a histórica Marcha sobre Washington em 1963. Desde então, dedicou mais de quatro décadas à documentação de tradições culturais e comunidades negras no Sul dos EUA. Ao longo da carreira, Freeman produziu obras influentes, como A Communion of the Spirits (1996), sobre quilteiras afro-americanas, e The Mule Train: A Journey of Hope Remembered (1998), sobre a Campanha dos Pobres liderada por Martin Luther King Jr.

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