O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (19) que pretende liberar documentos confidenciais relacionados ao assassinato de Martin Luther King Jr., líder do movimento pelos direitos civis, morto em 1968. A promessa foi feita durante um comício em Washington, um dia antes de sua posse para o segundo mandato, que acontece na data em que se comemora o Dia de MLK
“Nos próximos dias, os registros remanescentes relacionados ao assassinato do Dr. King e outros eventos históricos de grande interesse público serão tornados acessíveis”, declarou Trump. A morte de King, baleado em Memphis, Tennessee, continua sendo tema de controvérsias e especulações, mesmo após a condenação de James Earl Ray, que confessou o crime, mas mais tarde afirmou ser inocente. Teorias sugerem possíveis conspirações envolvendo grupos contrários ao movimento pelos direitos civis ou até mesmo autoridades governamentais.
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Um dia antes do anúncio de Trump, o filho do líder, Martin Luther King III, em entrevista à jornalista Suzette Hackney, do USA Today, comentou sobre a postura do presidente e sobre uma possível menção a seu pai durante a posse de Trump, que ocorre nesta segunda-feira, 20, dia de Martin Luther King Jr.: “Eu não quero que você evoque as palavras; eu quero que você evoque as ações”, afirmou King. “Qualquer um pode cuspir muitas palavras. Mas o que você vai fazer para ajudar a mudar a vida de milhões de pessoas neste país? Você foi escolhido como o líder do mundo livre, e você não pode fazer isso suprimindo ou denegrindo as pessoas.”
King III também destacou a necessidade de uma “mudança dramática” na condução do governo. “Honestamente, não espero isso [de Trump]. Mas espero que continuemos a desafiá-lo a ser o melhor que ele pode ser de si mesmo, seja lá o que isso for”, declarou.
Ao refletir sobre o legado do pai, King III enfatizou que, embora avanços tenham sido feitos, o sonho de igualdade e justiça racial ainda está longe de ser plenamente realizado. “Muitas vezes me perguntam: ‘Nós alcançamos o sonho?’ Bem, não. Não fizemos isso no ano passado. […] Temos um longo caminho a percorrer para criar a visão sobre a qual Martin King e Coretta King falaram.”.
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