O FBI anunciou estar ciente de uma série de mensagens de texto “ofensivas e racistas” enviadas a pessoas negros em diferentes estados dos Estados Unidos na quarta-feira, 6, um dia depois do resultado do processo eleitoral que escolheu Donald Trump como presidente do país. Nas mensagens, os destinatários eram instruídos a se “prepararem para ir a uma plantação e colher algodão”. O caso está sendo acompanhado pela agência federal em conjunto com o Departamento de Justiça e outras autoridades.
De acordo com a revista People, Sam Burwell, fotógrafo do canal de notícias local da Virgínia 13News Now, relatou ter recebido um texto que o mencionava pelo nome, dizendo que ele havia sido “selecionado para colher algodão na plantação mais próxima”. A mensagem incluía instruções para que ele estivesse preparado às 12h, sugerindo que uma “van marrom” o buscaria e que ele seria revistado ao chegar ao local. Burwell relatou ainda que seu primo, residente em Richmond, recebeu uma mensagem semelhante.
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O FBI emitiu uma declaração oficial em seu site: “Estamos cientes das mensagens de texto ofensivas e racistas enviadas a indivíduos em todo o país e estamos em contato com o Departamento de Justiça e outras autoridades federais sobre o assunto”. A agência também encorajou a população a relatar ameaças de violência física às autoridades locais. Casos semelhantes foram relatados em estados como Indiana, Ohio, Michigan, Carolina do Norte e Carolina do Sul.
O gabinete do procurador-geral da Virgínia, Jason Miyares, condenou a mensagem de texto em declaração ao 13News Now, classificando-a como “inequivocamente condenável”. Miyares orientou os cidadãos a reportarem quaisquer ameaças à polícia local ou ao FBI, por meio do telefone 1-800-CALL-FBI ou pelo site FBI.gov/tips.
Estudantes da University of Alabama e da Samford University também utilizaram as redes sociais para denunciar o recebimento de mensagens semelhantes. Beck Taylor, presidente da Samford University, declarou ao portal AL.com que a instituição está “ciente do comportamento desprezível e repugnante” dos textos, que contêm “calúnias raciais, linguagem abusiva e outros conteúdos odiosos para ofender membros queridos da nossa comunidade”.
Os destinatários das mensagens são encorajados a comunicarem imediatamente o incidente às autoridades. O Gabinete do Procurador-Geral da Carolina do Norte afirmou ao WCNC que trabalha em parceria com agentes federais e da indústria de telecomunicações para identificar a fonte dos textos.
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