Odete Cambala Cruz é uma mulher angolana, ex-esposa de um diplomata francês que morreu no Brasil no interior de São Paulo, em São José dos Campos, de causa suspeita e até agora não revelada, sendo enterrada às pressas pelo ex-marido, sem o consentimento da família e do consulado angolano.
O juiz de plantão, que em primeira instância se sentiu incompetente de julgar o caso, em menos de 24 horas decidiu dar pleno direito ao ex companheiro, já divorciados, de sepultar Odete sem considerar o interesse do consulado angolano e da família que apelava por um outro fim. Alegando que os filhos tinham legitimidade para requerer o sepultamento da mãe aqui, quebrando assim o juízo o jogo contrário que rege qualquer processo legal.
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Segundo informações, a Angolana, no início do processo de divórcio em Março de 2020, procurou o consulado angolano e pediu ajuda, estes junto de seu advogado também de nacionalidade angolana e o jurídico do consulado se disponibilizaram e seguiam atentos os passos do processo até o mês de Julho do ano corrente, em que dias antes do ocorrido a moça fez contacto com o consulado e estes em resposta já não a conseguiam contatar, foi então quando alguns responsáveis se deslocaram para seu endereço onde a encontraram morta.
“Odete sempre foi uma mulher de luz, uma pessoa alegre, sempre teve um espírito de família mesmo longe nunca esqueceu as suas raízes. Ela era uma pessoa agradável de ter por perto. Nos últimos anos passou por um divórcio bastante conflituoso onde a a guarda dos filhos foi a principal frente de batalha” disse Maria Judite Cassombe, irmã da vítima.
A família de Odete está em São Paulo, vieram de Angola (Continente Africano) para acompanhar de perto o processo de exumação e visitar as crianças, poder abraçar e dar aquele conforto de mães, porque vieram duas irmãs da Odete e para nós africanos, aquelas crianças não são simples sobrinhos, são filhos delas também. No entanto, o pai das crianças não permite a aproximação dos familiares com tais.
“E como se não bastasse o nosso luto e a nossa dor ser assim prolongada a cada dia que passa, vimo-nos impedidos de ver os nossos sobrinhos, hoje faz uma semana que estamos aqui no Brasil com esta intenção porque para nós cultura angolana os sobrinhos são filhos nossos também e pela forma como a nossa irmã foi enterrada sem a nossa presença, sem a nossa despedida, dada a relação que nós tínhamos de muito próximas e que fica este vazio de não poder estar lá presente, nós temos essa dificuldade que os nossos sobrinhos passam a ser a única prova viva que a nossa mana deixou.
Então estamos aqui com essa dificuldade e apelar à quem de direito para que a justiça seja feita e que nos permitisse ter este acesso”. conclui a irmã da Angolana.
A família pede exumação do corpo de Odete e para ver as crianças!
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