
Capa da edição de março da revista Crescer, a bailarina Ingrid Silva conversou sobre como tem vivenciado os desafios da maternidade, a carreira e sua luta contra o racismo. Ela posou para fotos ao lado da filha, Laura, de 2 anos, e falou durante entrevista sobre a importância das referências “faço questão de sempre mostrar de onde nós, pais, viemos, e quem somos”, disse.
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Ingrid contou que têm bonecas pretas em casa e revelou que “muita coisa seria diferente” se ela tivesse tido bocas negras durante a infância. “Em casa, temos bonecas pretas, por exemplo. Se eu tivesse tido oportunidade de brincar de vestir uma dessas, muita coisa teria sido diferente. A gente não se enxerga sendo parte do mundo em vários espaços. Ela já está experimentando elementos para ter consciência de quem é. Isso é maravilhoso!”
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Em dezembro de 2022, Ingrid Silva lançou o livro “A bailarina que pintava suas sapatilhas”, livro infantil que narra a história de Ingrid e traz a história de quando ela pintava suas. sapatilhas para que tivessem a mesma cor que seu tom de pele. “Quis fazer esta conexão com as crianças, porque elas são o reflexo do que a gente quer como futuro. Quanto mais informação tiverem, melhor, afinal, todo mundo merece ser respeitado”, contou ela.
Ingrid Silva falou sobre seu ativismo contra o racismo. “Honestamente, foi só quando cheguei à companhia de dança onde os bailarinos são negros e nos Estados Unidos – e a questão racial é mais evidente – que me dei conta de quem eu sou. E pensei: como mulher preta, onde me encontro nessa sociedade, nesse mundo? Decidi fazer transição capilar – alisava desde os 5 anos –, pintar minhas sapatilhas e criei movimentos para dar voz e apoiar causas contra o racismo”, disse.
“Sou cocriadora do Blacks in Ballet, que funciona como uma biblioteca digital que traz conteúdos sobre bailarinos negros. E, recentemente, cofundei o Dancers and Motherhood, que atua como uma rede de apoio para mães bailarinas, que se sentem encorajadas a terem filhos e a continuar suas carreiras”, contou Ingrid sobre os projetos sociais que tem criado.
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