O pastor Henrique Vieira usou suas redes sociais para expor sua posição, enquanto figura religiosa, sobre o caso da criança do ES que foi estuprada pelo tio, desde os 6 anos e aos 10 ficou grávida. Legalmente ela teve o direito ao aborto pelo risco à sua saúde e pelo bebê ter sido fruto de violência sexual. Porém, grupos fundamentalistas religiosos se manifestaram contra a decisão do aborto que foi realizado na manhã dessa segunda feira, 17, no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, no Recife.
“Esse fundamentalismo não tem compromisso nenhum com a vida. Eu quero dizer que não se reconhece a dor e o sofrimento dessa menina e o quanto ela está traumatizada por conta de uma violência inominável”, diz o religioso.
Notícias Relacionadas
‘Tributo’: episódio em homenagem a Zezé Motta será exibido na TV Globo
Comunidades quilombolas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul estão recebendo doações
Vieira acredita que há organizações dentro das igrejas que corroboram para que esse tipo de crime aconteça. “Existe um tipo de leitura e interpretação da bíblia que assina embaixo a violência contra as mulheres. Existe um tipo de visão sobre quem é Deus que acaba naturalizando à violência contra as mulheres”, defendo o religioso que diz que a violência sexual contra as mulheres é um fruto de um modelo de sociedade, religiosidade e de leitura e interpretação da bíblia.
O religioso também fala sobre aborto. “A política de criminalização do aborto, não reduz o número de aborto, penaliza e culpabiliza as mulheres e na prática, o que a gente vê: morte. Mulheres pobres em sua maioria negras fazem abortos clandestinos e inseguros e acabam morrendo”.
Em sua interpretação do evangelho, o pastor fala sobre como ele entende a posição de Jesus Cristo sobre a vida. “Jesus defendeu a vida olhando para a vida. Olhando para realidade concreta, não era uma defesa abstrata. Jesus olhava para as circunstâncias concretas e a partir delas defendia a dignidade humana”.
“Cabe a ética pastoral e do evangelho o exercício da escuta, o exercício do acolhimento, o exercício do diálogo e do respeito da verdadeira preservação da vida. Eu falo na condição de homem, mas o mais importante é escutar o que as mulheres têm a dizer” afirma o pastor.
Confira o vídeo na íntegra clicando aqui.
Notícias Recentes
Rodriguinho anuncia data de lançamento e sessão de autógrafos para o seu novo livro que retrata sua trajetória no BBB 24
Erika Hilton alerta sobre 'Fake News' relacionadas ao resgate de vítimas no RS: 'atrapalham o resgate e a ajuda humanitária'