“Eu não estava conseguindo vencer essa oponente chamada perda de peso”, diz Serena Williams ao falar de pós-maternidade e caneta emagrecedora

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“Eu não estava conseguindo vencer essa oponente chamada perda de peso”, diz Serena Williams ao falar de pós-maternidade e caneta emagrecedora
Foto: reprodução

Emagrecer após a maternidade não é só disciplina. Mesmo para atletas de elite, a combinação entre mudanças hormonais, privação de sono, rotina de cuidados e ajustes metabólicos pode tornar a perda de peso um processo lento e frustrante. Foi esse o cenário descrito por Serena Williams ao relatar, em vídeo, que decidiu usar a chamada caneta emagrecedora, medicamento da classe GLP-1, para manejar o peso depois das gestações.

Serena conta que tenta perder peso desde o nascimento da primeira filha, em 2017, sem atingir o resultado desejado apesar do alto volume de treino. “Eu treinei, corri, nadei, eu fiz de tudo. Joguei Wimbledon, joguei Grand Slams”, diz. Após a segunda filha, o padrão se repetiu, ela perdia rapidamente os primeiros quilos do pós-parto e estagnava em seguida. A fala sintetiza um dilema comum para muitas mulheres no puerpério, quando a rotina volta a incluir trabalho, treino e vida doméstica, mas o corpo demora a responder.

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A decisão de iniciar o tratamento veio depois de observar amigas e pessoas próximas usando a medicação. “Talvez eu devesse tentar. Não. Talvez eu devesse tentar. Não. Até que pensei, eu tenho que tentar, já tentei todo o resto”, afirma. Serena explica que passou a encarar o processo como uma adversária no esporte, com estratégia e leitura de jogo. “Eu não estava conseguindo vencer essa oponente, essa oponente chamada perda de peso. Então deixei eu tentar algo novo.” Segundo ela, o diferencial foi “fazer exatamente as mesmas coisas, mas finalmente ver resultados”. O marcador simbólico dessa virada veio em uma imagem simples e potente, “Eu finalmente entrei na saia jeans”, frase que traduz mais do que uma medida, traduz sensação de avanço.

As críticas, comuns quando mulheres escolhem o caminho que funciona para seus corpos, não a abalam. “Eu não ligo para haters, eu tive a vida inteira. Eles podem só entrar na fila”, diz. E completa, “Eles têm a própria opinião. Todo mundo tem direito a uma. E por que eu deveria me importar com o que pensam? Eu não me importo.” O recado central é de autonomia, especialmente em um tema cercado por julgamentos morais e equívocos sobre esforço, disciplina e resultado.

O relato recoloca no centro do debate um ponto essencial do pós-parto, atividade física é importante, mas nem sempre basta. Cada corpo responde de um jeito. Platôs de perda de peso são frequentes, e fatores como amamentação, histórico de gestação, qualidade do sono e retorno ao trabalho influenciam a resposta. Nesse contexto, a caneta emagrecedora, medicamento da classe GLP-1, entra como ferramenta clínica que deve ser prescrita e acompanhada por profissionais de saúde, não como atalho, mas como parte de um plano estruturado.

Ao narrar tentativas, frustrações e escolhas, Serena amplia a conversa sobre saúde e maternidade. Sua fala desloca a ideia de que resultado é produto exclusivo de força de vontade e lembra que, para muitas mulheres, o manejo do peso exige estratégias combinadas, com apoio técnico.

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