Heman Bekele, um estudante de 15 anos, foi eleito ‘Criança do Ano de 2024‘ pela revista TIME, após desenvolver um sabonete que poderá tratar e até prevenir o câncer de pele. O produto pode levar anos para chegar ao mercado, mas o garoto que nasceu na Etiópia, que mora com a família no estado de Virgínia, nos Estados Unidos, desde os 4 anos, está dedicado na busca pela cura.
Em outubro do ano passado, Bekele foi selecionado pela empresa 3M e a Discovery Education para o programa Young Scientist Challenge e como vencedor, recebeu um prêmio de US$ 25.000 pela invenção do sabonete. Agora, ele está trabalhando em um laboratório na Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health em Baltimore para realização deste sonho.
Notícias Relacionadas
7 em cada 10 meninos negros querem aprender como tratar meninas e mulheres com respeito, diz pesquisa
65% das crianças em situação de trabalho infantil no Brasil são pretas ou pardas, diz IBGE
“Sou realmente apaixonado por pesquisas sobre câncer de pele. Seja minha própria pesquisa ou o que está acontecendo no campo. É absolutamente incrível pensar que um dia minha barra de sabão poderá causar um impacto direto na vida de outra pessoa”, disse à Time.
Heman recorda que antes de chegar nos Estados Unidos, algumas de suas primeiras memórias eram de ver trabalhadores sob o sol, e a maioria sem proteção para a pele. Seus pais ensinaram ele e suas irmãs, Hasset, de 16 anos e Liya de 7 anos, a se cobrirem e usarem protetor solar ou roupas adequadas. “Quando cheguei à América, percebi o grande problema que o sol e a radiação ultravioleta representam quando você fica exposto a eles por muito tempo”, pontua.
O jovem também revelou que a ideia do sabonete é para ser uma alternativa acessível ou mais barata para as pessoas que precisam de tratamento. “Quase todo mundo usa sabão e água para limpeza. Então sabão provavelmente seria a melhor opção”, lembra.
Heman conduz suas próprias pesquisas desde os quatro anos, que chamava de poções. “Eram apenas sabão de louça, sabão em pó e produtos químicos domésticos comuns. Eu os escondia debaixo da minha cama e via o que aconteceria se eu os deixasse durante a noite. Havia muita mistura completamente aleatória”, relatou o garoto ao lembrar dos ingredientes que usava para experimentos.
O adolescente agradece à família, em especial aos pais, pelas realizações. Segundo a Time, a mãe, Muluemebet, é professora; seu pai, Wondwossen, é especialista em recursos humanos da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional. Eles se tornaram um grande exemplo de educação para os filhos.
Notícias Recentes
Romance e admiração: Cynthia Erivo e Lena Waithe reforçam conexão no lançamento de Wicked
Pesquisa Datafolha revela que 60% dos pardos no Brasil não se consideram negros