Estudante vítima de bullying e racismo no Mackenzie recebe alta, mas segue sem tratamento pago pela escola

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Estudante vítima de bullying e racismo no Mackenzie recebe alta, mas segue sem tratamento pago pela escola
Foto Reprodução

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A adolescente de 15 anos, bolsista do 9º ano do Colégio Presbiteriano Mackenzie, em São Paulo, que foi encontrada desacordada no banheiro da escola no dia 29 de abril após sofrer bullying, assédio psicológico e injúria racial, recebeu alta médica e está em casa, mas se recusa a voltar às aulas por conta do trauma vivido na instituição. A informação foi confirmada pela mãe da estudante, Fernanda Mariano.

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Apesar de a escola afirmar que ofereceu suporte psicológico e pedagógico, o tratamento atual da jovem — que inclui acompanhamento terapêutico voluntário — está sob responsabilidade da família. Segundo a mãe, a aluna ainda precisa de um psiquiatra, mas não há profissionais disponíveis de forma gratuita. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o caso foi registrado na Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais e de Delitos de Intolerância (Decradi). As investigações foram concluídas e encaminhadas à Vara da Infância e Juventude, com os envolvidos identificados.

Fernanda Mariano relatou que a filha vinha sendo chamada de “lésbica preta” e “cigarro queimado” e que um vídeo íntimo da adolescente, gravado sem consentimento por um colega, foi ameaçado de ser divulgado. A mãe afirmou que antes do ocorrido chegou a enviar e-mails em dois momentos diferentes para a escola falando sobre os casos de bullying ou racismo, alegações que a escola negou existir. “Eles acabaram com a nossa família. Quis dar um futuro melhor e eles acabaram com o meu processo. É difícil superar o trauma. Porque ela não dorme”, revelou a mãe.

Em nota, o Mackenzie disse que prestou atendimento imediato para a adolescente quando a menina foi encontrada desacordada, ofereceu suporte médico e psicológico e que “qualquer manifestação de preconceito ou violência é tratada com máxima seriedade”. A instituição também afirmou que o acompanhamento segue sendo feito “com responsabilidade e discrição”.

Ações governamentais
Questionado sobre políticas de combate ao racismo na educação, o Ministério da Igualdade Racial (MIR) citou iniciativas como o programa Afrotecas, intercâmbios acadêmicos com foco na diáspora africana e bolsas para pesquisadoras negras. Já a Secretaria de Educação de São Paulo afirmou que promove formações sobre diversidade e direitos humanos para docentes

Onde buscar ajuda
O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional pelo telefone 188 ou via chat no site. Adolescentes entre 13 e 24 anos podem buscar o canal “Pode Falar”, parceria do CVV com o UNICEF.

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