ESG: Especialista explica os primeiros passos para propagar a cultura antirracista nas organizações

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ESG: Especialista explica os primeiros passos para propagar a cultura antirracista nas organizações
Marta Celestino - CEO da Ebony - Crédito divulgação

Cada vez mais, empresas estão investindo em práticas ESG como uma forma de reforçar o compromisso social e ambiental com seus colaboradores, clientes e a sociedade. Em todo o mundo, organizações estão analisando não apenas seu desempenho financeiro, mas também suas realizações dentro dos princípios da agenda ESG.

De acordo com a Bloomberg, os investimentos em ESG devem atingir US$53 trilhões até 2025. Além de reforçar a importância de atender às demandas sociais, esse modelo passa a ser uma condição para estratégias de negociações.

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No Brasil, as demandas de diversidade e inclusão estão no topo das discussões e ganham cada vez mais força. Dados da consultoria McKinsey afirmam que a disseminação de inclusão no ambiente corporativo resulta em lucro 35% maior do que outras organizações que não têm compromisso com o tema.

Para a consultora em inovação e diversidade, Marta Celestino, é preciso haver uma consolidação ampla em todos os setores para combater todo e qualquer tipo de discriminação.

“Por mais que o tema esteja avançando nas micros e grandes corporações, ainda é possível perceber que os problemas estruturais da sociedade impactam diretamente no processo de mudança. As organizações que incentivam e contribuem para combater todo e qualquer tipo de discriminação em todas as suas vertentes, tem condições de atrair capital humano de alto valor, além de se posicionar a favor de uma reparação histórica em nosso sistema”, declara.

Embora o Brasil continue sendo um dos países mais desiguais do mundo, algumas iniciativas podem ser criadas para combater e reparar problemas estruturais. Marta destaca alguns primeiros passos para colocar seu negócio dentro dos princípios ESG:

  • Engajamento da liderança

Lideranças, gestores e CEOs, devem estar engajados e alinhados à intenção da organização em adoção de práticas de inclusão racial para o crescimento, relevância e potencial criativo do negócio. É importante ter políticas de incentivo e treinamento para os gestores, porque eles que estarão mais adiante no dia a dia da equipe e darão o tom para a importância de avançarmos nessa pauta.

  • Educação antirracista

A educação é uma importante ferramenta para superar problemas crônicos da sociedade brasileira, como racismo estrutural, desigualdade de gênero e outras formas de opressão.

No âmbito empresarial, a luta antirracista pode ser incorporada por ações de criação de programas como a contratação de profissionais negros, treinamentos aos colaboradores com foco em letramento racial ou ações internas voltadas para engajamento na temática étnico-racial.

  • Criação de grupos de afinidades

Algumas companhias têm dificuldade em trazer o tema racismo nas rodas de conversas, seja por não saber abordar com propriedade o assunto ou por não ter uma abertura por parte da organização. A criação de grupos de afinidades, por exemplo, é importante por se tratar de um espaço de acolhimento e de apoio nas tomadas de decisões.

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