
A Escola Àbámodá, de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, marca presença de 22 a 25 de setembro no Fancy África, evento de moda e economia criativa realizado em Maputo, Moçambique, com o tema “Ubuntu – Eu sou porque nós somos”. A participação da escola será conduzida por sua diretora e idealizadora, Luísa Mahin, que integra a programação do evento com atividades formativas e apresenta a primeira coleção autoral do projeto.
Com apenas um ano de atuação, a Àbámodá vem se destacando na Bahia por sua metodologia que conecta moda, cultura, educação, empreendedorismo e identidade étnico-territorial. À frente do projeto, Mahin soma mais de 22 anos de experiência em gestão de projetos sociais, culturais e de moda, representando a escola em um intercâmbio internacional de visibilidade e protagonismo negro.
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No Fancy África, Luísa Mahin ministra a masterclass “Moda e Transformação Social” e a Oficina Criativa “Diversidade, inovação e empreendedorismo na moda”, além de participar da mesa-redonda “A Moda como Embaixadora da Identidade: Qual o Papel da Cultura Local na Economia Criativa?”. A participação da escola se encerra com o desfile da coleção “Cabaça do Mundo”, manifesto coletivo que explora o sagrado feminino e o empoderamento da mulher.

O intercâmbio entre a Àbámodá e o Fancy África começou em julho deste ano, quando a escola recebeu o estilista King Levi para apresentar a coleção “XIGUBO – A Força Estética da Resistência Afro”, por meio do projeto África 360º e do Fancy África Brasil.
“Cachoeira está entre as 9 cidades do país em que a maioria da população se autodeclara negra, ou seja, somos um território predominantemente negro, afrodescendente, que está atravessando o Atlântico numa conexão que une moda, tecnologias ancestrais e transformação social”, destaca Luísa Mahin.

Ancestralidade e impacto social
Com uma proposta pedagógica centrada na ancestralidade afro-indígena e na transversalidade entre moda, arte, cultura e economia criativa, a Àbámodá foca no público feminino negro e LGBTQIAPN+, oferecendo formação continuada em costura, design de joias, estamparia e atividades manuais. As aulas resultam em peças autorais com forte vínculo identitário e territorial.
“Pesquisamos produtos naturais do território para usar nos tingimentos; pensamentos nos elementos, iconografias e grafismos indígenas e africanos, procuramos entender como a cultura local pode estar presente em cada peça. Queremos acessar nossas memórias e histórias, para criar produtos que falam disso”, explica Mahin.
Além da formação, a Àbámodá se consolida como espaço de articulação entre cultura e economia criativa, contribuindo para o desenvolvimento social do Recôncavo Baiano. O projeto valoriza saberes ancestrais e práticas culturais locais, promovendo protagonismo da comunidade, enquanto oferece formação empreendedora e estratégias de gestão, estimulando a criação de iniciativas sustentáveis capazes de gerar renda e oportunidades.
SERVIÇO:
22 a 25 de setembro de 2025
Escola Àbámodá no Fancy África
Local: Maputo – Moçambique
Participação da Àbámodá com Luisa Mahin:
- 22/09 – Master Class: Moda e Transformação Social
- 23/09 – Mesa Redonda: A Moda como Embaixadora da Identidade
- 24/09 – Oficina Criativa: Diversidade, inovação e empreendedorismo na moda
- 25/09 – Desfile com a coleção-manifesto Cabaça do Mundo
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