Erika Hilton diz que lutará para que casamento LGBTQIA+ “vire lei” ao assumir relatoria de PL na Câmara

0
Erika Hilton diz que lutará para que casamento LGBTQIA+ “vire lei” ao assumir relatoria de PL na Câmara
Foto: Divulgação

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) foi designada relatora do projeto de lei (PL) que trata do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Segundo a colunista Monica Bérgamo, a decisão foi fruto de um acordo com a presidente do colegiado, Daiana Santos (PC do B-RS), para que um membro da comunidade LGBTQIA+ assumisse a responsabilidade pela matéria.

O projeto, de número 580/07, foi originalmente apresentado pelo falecido ex-deputado Clodovil Hernandes e propõe a legalização da união homoafetiva, permitindo que duas pessoas do mesmo sexo constituam contrato dispondo sobre suas relações patrimoniais. Este projeto tramita em conjunto com o PL 5167/09, do ex-deputado Capitão Assumção, que visa proibir o reconhecimento de relações homoafetivas como casamento ou entidade familiar.

Notícias Relacionadas


No ano passado, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, sob a relatoria do deputado Pastor Eurico (PL-PE), aprovou uma versão do texto que proíbe o reconhecimento do casamento civil de pessoas do mesmo sexo. O relatório do Pastor Eurico rejeitou a proposta de Clodovil e adotou a do Capitão Assumção, alterando o Código Civil para incluir, entre as categorias que “não podem casar”, a de “pessoas do mesmo sexo”. A aprovação deste texto provocou intensas reações e protestos do movimento LGBTQIA+ e de parlamentares da base governista.

No Instagram, a deputada líder da bancada do PSOL na Câmara afirmou: “meu relatório será para que o casamento LGBTQIA+, que já é permitido pelo STF desde 2011, agora vire LEI!!!”. Com Erika Hilton na relatoria na Comissão de Direitos Humanos, espera-se um parecer favorável à legalização do casamento homoafetivo e contrário à proposta que visa proibi-lo. A deputada acredita que seu relatório será aprovado no colegiado, onde a base governista possui maioria.

Se aprovado, o projeto ainda precisará passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário da Câmara antes de seguir para o Senado. Vale lembrar que o Supremo Tribunal Federal (STF) já validou a possibilidade de união legal entre pessoas do mesmo sexo em 2011, decisão que levou a um aumento significativo no número de casamentos homoafetivos no Brasil, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Notícias Recentes

Participe de nosso grupo no Telegram

Receba notícias quentinhas do site pelo nosso Telegram, clique no
botão abaixo para acessar as novidades.

Comments

No posts to display