A empresa Fênix Serviços Administrativos e Apoio a Gestão de Saúde LTDA, responsável pela terceirização dos trabalhadores resgatados nas vinícolas de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, rejeitou a proposta de indenização do Ministério Público do Trabalho (MPT) no valor de R$600 mil para as vítimas.
Em uma audiência virtual realizada nesta quinta-feira (3) junto com integrantes do MPT da Bahia e Rio Grande do Sul, os representantes da empresa se negaram a pagar a indenização individual dos 207 trabalhadores e não reconheceram que eles estavam em condições análogas à escravidão.
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A empresa apresentou documentos que comprovam o pagamento apenas de verbas rescisórias, que ultrapassam o valor de R$ 1 milhão.
O MPT da Bahia e do Rio Grande do Sul requisitou as vinícolas Aurora, Salton e Cooperativa Garibaldi a entregarem informações sobre os contratos mantidos com a Fênix Serviços de Apoio Administrativo e deu dez dias para apresentarem a documentação do pagamento dessa verba.
Racismo e xenofobia
Segundo documentos que o jornal O Globo teve acesso, três homens resgatados na vinícola prestaram depoimento ao MPT. Um deles, relatou ter escutado uma ordem de “matar os trabalhadores baianos”. Um dia antes de fugir, ele foi encurralado por quatro seguranças, que o espancaram com cabo de vassoura, usaram spray de pimenta e o morderam.
Um trabalhador gaúcho, em entrevista ao UOL Tab, também afirma que os baianos eram os que mais sofriam agressões. “Eles apanhavam bastante. Qualquer coisa que estivesse errada, apanhava. Nós do Sul não apanhávamos”.
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