O movimento Educafro entregou uma carta ao Papa Francisco nesta quarta-feira (21), para que ele cobre os candidatos à Presidência a implementarem a pauta antirracista no plano de governo. Entre os dias 22 e 24 de setembro, haverá o encontro da “Economia de Francisco“, em Assis, na Itália, com a presença do Papa e de ativistas da América Latina, para discutir uma economia mundial mais justa.

Na carta entregue ao Papa, ativistas negros escreveram que os candidatos devem detalhar os investimentos nas políticas públicas para ações afirmativas contra o racismo. “Em sintonia com a mensagem de Jesus Cristo que prioriza o atendimento aos mais pobres”, afirmaram.

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Os ativistas também mencionaram a vereadora Marielle Franco. Assassinada há quatro anos e meio, o crime ainda não foi solucionado. “Cobre o compromisso de todos os presidenciáveis de se concluir o inquérito, julgamento e prisão dos mandantes do assassinato”.

Eles também denunciaram que “quase 100 parlamentares afro-brasileiros, eleitos pelo povo, de 2018 a 2022, estão sendo perseguidos, como o caso do vereador Renato Freitas de Curitiba, ou assassinados, como o caso de Marielle Franco, por racismo ou por crimes de ódio político, por lutarem por um mundo melhor”.

Segundo a Educafro, “essa carta tem tudo para fazer uma mexida nas eleições brasileiras, pois ela denuncia o sistema político que é excludente, gerando estragos na vida do povo afro-brasileiro”.

A carta foi assinada por Frei David, diretor-executivo da Educafro, e os ativistas que estarão na “Economia de Francisco” são: Dione Valesca, Gilvan Vieira, Renato Freitas, Ewerton Carvalho, Samuel Emilio, Pedro Mattosinhos, e Keit Lima. A delegação brasileira deve contar com cem jovens.

Leia a carta na íntegra aqui.

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