O racismo é uma agressão. Mesmo que a vítima tenha sido agredida ” só “verbalmente os danos físicos aparecem, algumas vezes de forma efetiva. Com uma forte crise de asma, que chegou a levá-la ao hospital, a empresária Marina Silva passou por um dos maiores constrangimentos da sua vida, quando foi a uma agência do banco Itaú Pesonnalité, na no bairro do Méier (RJ, no dia 12 de março.
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Por Silvia Nascimento
Ao entrar pela agência, que destinada à clientes “prime”, a empresária ouviu a segurança, pedir para que ela removesse o conteúdo que estava em sua bolsa, o que ela fez prontamente. Não satisfeita, a segurança pediu que ela mostrasse a bolsa vazia, para ter certeza de que não havia mais nenhum objeto “Foi muito estranho porque a agência é pequena e quando eu falava, só minha voz era ouvida no ambiente e todos olhavam para mim”, descreve a empresária. A revolta no entanto veio, quando ela constatou que os clientes que entram depois dela, mesmo carregando pertences em volume e quantidade maior, não foram revistados.
Ao questionar a atitude da segurança em selecionar quem passa pela revista, Marina ouviu que ela teve que passar pelo procedimento por nunca ter sido vista naquela agência. “A segurança só me pediu desculpas quando eu disse que era correntista, como se não-correntistas pudessem ser tratados daquela forma”, desabafou.
Crise asmática e BO
Abalada por ser a única a ser constrangida com a revista dentro da agência, Mariana teve uma forte crise asmática e foi parar no hospital. Orientada por advogados, a empresária pediu um laudo à médica que a atendeu.
Em seguida, ela ainda teve energia para fazer um boletim de ocorrência na 23ª Delegacia do Meier, onde foi orientada pelo delegado a registrar o ocorrido como constrangimento ilegal e não racismo. Com os seus advogados ela agora pretende processar o Itaú e não a segurança, por discriminação racial. O gerente da agência ligou pedindo desculpas, bem como o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC).
Ainda nesta semana, Marina irá participar de uma reunião na Comissão Nacional de Promoção da Igualdade da OAB. Ela ainda tem um projeto de ações coletivas para combater a discriminação em estabelecimentos bancários.
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